quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Até para o ano!

As coisas por aqui não mudaram muito desde o último post...
A mana lá vai caminhando para a barriguice durante os próximos meses, com lamúrias, segundo as entendidas, próprias do estado em que se encontra... as entendidas é que hoje não a ouviram dizer que "estar prenha não tem piada nenhuma, porque passa a vida a dormir, a arrotar e a ralhar com as outras pessoas"! Se ouvissem, percebiam que as suas teorias nunca se poderão aplicar a membros da minha família, mesmo que o seu estado ou condição se aproxime da realidade por elas tão bem conhecida. Mas, a meu ver, uma grávida que nem barriga ainda tem, queixar-se de arrotos tem o se quê de poético e encantador... mas isso sou eu que sou esquisita (mais outra conclusão sábia das entendidas).
Sendo assim, e tendo em conta que vou estar muito ocupada o resto do ano com jantares e festas, só vou aparecer aqui em 2011. Lanço, no entanto, um desafio. Três palavras me encantaram na recta final deste ano. São elas: coaduna, úberes e masseter. Proponho, qual campanha públicitária de um refrigerante para ganhar uma mochila e uma viagem para ti e para os teus amigos até ao parque de campismo da Costa da Caparica por duas noites, que construas uma frase onde constem estas 3 palavras.
Mas o prémio aqui é valioso.
Uma menção honrosa com dedicatória personalizada e ainda uma análise do teu perfil psicológico baseado na tua frase vencedora.
Estás à espera de quê?
Concorre já!
E assim se comprova que por aqui não se tem passado mesmo nada.
Caracóis-L
(Ah! E bom 2011 para todos!)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

relatório de actividades 11-Nov. / 17-Dez. 2010

Então estávamos a 11 de Novembro…. Não se passava nada… Porque era Novembro… Estava quase a fazer anos, a organizar a respectiva festa e uma viagem à Dinamarca. Não de férias, mas para um congresso… sim, que eu, por muito maluca que seja, nunca planearia uma viagem de livre vontade a Copenhaga em Dezembro. E estes eram, na altura, os grandes acontecimentos previstos para a primeira semana de Dezembro.

Para o final do mês, num fim-de-semana, a mana queixou-se de umas dores abdominais estranhas. “Oh que chato” pensámos nós, logo agora que ela estava a pensar em começar a pensar em começar a planear as coisas para começar a pensar em engravidar… Segunda-feira seguinte, cinco dias antes do meu aniversário, ela ligou-me depois de almoço para me dizer que lá no hospital “dela” lhe tinham feito uns exames e umas análises e que tudo indicava que tinha uma gravidez ectópica, mas que como não têm especialidade de ginecologia lá, perguntava se dava para irmos tratar disso no “meu” hospital, mas que antes tínhamos que vir a minha casa, porque precisava de tomar banho que tinha estado o dia todo a trabalhar e ver da depilação que ela achava que não estava em dia e naquele estado não queria que ninguém, por muito médico que fosse, a visse ou lhe tocasse… Muito confusa, pensei um pouco e achei as prioridades dela perfeitamente lógicas e aceitáveis ("uma gravidez ectópica? Espera aí que já vemos isso, primeiro tenho que fazer a depilação…" perfeitamente normal, não?).

E lá fomos, depois destes assuntos prioritários completamente resolvidos, para o “meu” hospital… E ela, assim que é vista, é internada. Suspeita forte de gravidez ectópica, repouso absoluto, cirurgia marcada para o dia seguinte, ela triste e com os olhos inchados e sem querer falar com ninguém…E eu triste também… Jantar de aniversário obviamente desmarcado, telefonemas à família, eu com pouca vontade de falar com pessoas, telefonemas dos convidados preocupados por eu não ter revelado o motivo da desmarcação, eu sem saber se ela queria que eu contasse às pessoas o que se passava, as pessoas a começarem a achar que algo grave se passava comigo…

As horas passaram e mais exames foram feitos. Afinal não era uma gravidez ectópica, era só um quisto sem importância no ovário e uma gravidez no sítio certo. Sem festa de aniversário, mas com a melhor prenda de todas! VOU SER TIA!!! E claro, sendo da minha família a descoberta não podia vir da forma normal “ai não me aparece o período, deixa-me lá fazer um teste de gravidez… olha, deu positivo! Yupyyyy!”… não… tinha que ser com um enredo digno de um episódio do Dr. House.

Quanto a Copenhaga? A próxima pessoa que me vier dizer que a neve é maravilhosa e linda e o raio que os parta leva no focinho! Onde já se viu um país onde neva a torto e a direito, onde o dia começa depois das 8h e termina antes das 16h, com temperaturas negativas, onde tudo é caro e até os centros comerciais fecham às 20h??? Onde??? E onde o símbolo da cidade é uma parva de uma sereia sentada numa rocha dentro de água, que nem sereia de jeito é porque tem joelhos!! E aqueles homens todos giros, perdidos no meio daquela desgraça em vez de virem para aqui para o pé da gente… Indecente e completamente errado, é o que vos digo!

Caracóis-L

olha, tá frio lá fora e não tenho nada pra fazer.... acho que vou actualizar esta coisa

(este foi o meu pensamento antes de abrir a página do blog passado um mês desde a última vez)
Caracóis-L

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

porque eu ainda tenho acne juvenil!

E a menos de um mês de completar 32 anos, nasceu-me uma senhora borbulha na bochecha direita, digna de chamar a atenção de qualquer dermatologista. Pois é meus caros, isto é o meu corpo a manifestar-se contra todas essas conversas do “já-tens-idade-pra-ter-juízo-e-casar-e-ter-filhos-e-falar-de-crises-conjugais-e-texturas-e-tonalidades-de-cocós-nas-fraldas-em-vez-de-concertos-e-jantares-e-copos-e-cala-te-porque-na-verdade-o-que-nós-temos-é-uma-inveja-de-morte-da-tua-vida”.

(ou então foram aquelas trufas de chocolate maravilhosas que ofereceram aos administrativos lá do serviço e que eles caíram no erro de perguntar “oh L. queres provar uma?”, mas que no fim quem provou só uma foram eles porque eu comi o resto…)
Caracóis-L

terça-feira, 9 de novembro de 2010

pela legalização do auto-casamento

Ontem vim cansada para casa.
Hoje vim pensativa para casa.
E continuei a pensar.
E pensei mais um bocado.
E quando dei por mim, tinha-me mimado com uma linda feijoada e uma tarte de maçã maravilhosa.
Gostei.
Quero casar comigo.

(Moro sozinha… para não fazer a desfeita à cozinheira, vou alimentar-me disto nos próximos dois dias.)
Caracóis-L

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ver o vídeo 'faxavor' que é pequenino

Hoje saí com esta cara do trabalho.

Mas sem a explosão.

O que quer dizer que amanhã tenho que gramar com aquela merda outra vez.

Caracóis-L

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

mulher que se preze…

… é vaidosa…
… é matreira…
… às vezes mentirosa…
… e tem acessos incontroláveis de futilidade perfeitamente saudável.

Sendo membro de um site que faz promoções de grandes marcas, a L. recebeu há pouco um mail a informar que tinha começado uma promoção da Gola até 60%. Desatou aos gritos. Fez imediatamente o login no dito site e com a mão direita a tremer clicou no link dos ténis. Viu uns ténis lindos, em verde-lima, preto e cinza, quase a roçar a poesia, e desatou aos gritos. Foi ver se ainda havia o seu tamanho disponível, reparou que já só havia 3 pares e desatou aos gritos. Enquanto confirmava a compra, a forma de pagamento e o local de entrega, mandou sms a duas amigas, transpirou e continuou aos gritos. Levantou-se e foi à janela fumar um cigarro, ainda meio ofegante e com um sorriso nos lábios, tal não foi o torpor pós-orgásmico que se apoderou do seu corpo após confirmar a compra. Tudo isto em menos de 5 minutos.

Post carinhosamente dedicado a todos os homens com falta de jeito, que teimam em dizer que as mulheres são bichos complicados e difíceis de satisfazer.
Caracóis-L

sábado, 23 de outubro de 2010

casa dos horrores

Parte do meu trabalho consiste em estar num gabinete do tamanho de uma ervilha, onde recebo pessoas desconhecidas, uma a uma, só eu e a pessoa desconhecida. Alguns sabem o que é. Não, não é prostituição. Até porque eu chamo as pessoas através de um comunicador. As prostitutas são chamadas.

Adiante. O que interessa aqui são as pérolas que se cruzam comigo naquele cubículo.

Pérolas recentes.

Pérola A:

Velhinha de 93 anos. Vestida de cor-de-rosa. Sorridente.

- Olá D. Maria!
- Puta!
- Então, está mal disposta? Vamos só fazer aqui um exame…
- Não me tocas, caralhinho!
(Ah pois… e o tamanho não interessa, dizem eles… até a velhinha sabe!)
- Então, então… isto não dói nada…
- Deixa-me ver a tua cara! Puta!

Não falei mais com ela. Fiz o resto em silêncio.

Pérola B:

Chamo vários nomes pelo comunicador. Batem-me à porta do gabinete. Abro a porta. Três pessoas para serem atendidas e um monstro. O monstro nem dá tempo para eu olhar bem para os outros e grita: Sou o Francisco e você chamou-me! O Francisco está sujo, cheira mal, está bêbado e só tem um olho. Os outros três parecem assustados. Deixo o Francisco entrar para despachá-lo dali.

O Francisco entra e tenta arrancar o lavatório da parede.
Eu digo ao Francisco para parar e deitar-se de barriga para cima.
O Francisco descalça-se.
Eu repito que é para deitar de barriga para cima.
O Francisco desaperta as calças.
Eu falo mais alto e digo que é SÓ para deitar de barriga para cima.
O Francisco deita-se de barriga para baixo.
Eu grito: barriga para cima!
O Francisco ri-se e deita-se de barriga para cima.
Dois minutos depois, eu digo para o Francisco se levantar que já acabámos.
O Francisco ressona.
Abano o Francisco e digo para se levantar.
O Francisco levanta-se e tenta de novo arrancar o lavatório da parede.
Eu abro a porta e digo alto que é para sair.
O Francisco sai e diz aos outros três que eu sou estúpida.

Vou ao computador validar o exame do Francisco e reparo que o Francisco que eu tinha chamado não era o "meu" Francisco... Estive com um monstro entre 4 (pequenas) paredes quando o Francisco que era suposto ter entrado era um velhinho educado, de banho tomado e sóbrio, que entrou logo de seguida.


Amanhã faço turno de manhã no cubículo dos horrores. Alguém quer apostar quantas pérolas vou apanhar?
Caracóis-L

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

para quem vê regularmente televisão...

(os factos e as reacções do povo)

... eu dizer que não vejo televisão... é estranho, mas pronto...

... perceberem que isso quer dizer que eu não vejo noticiários... é mau, é estranho, mas como vou lendo umas capas de jornais e fazendo umas pesquisas na net lá me safo...

... perceberem que isto quer dizer que eu não vejo novelas... é completamente contra-natura e ainda dizem que o meu instinto maternal em estado fóssil passa a ter alguma explicação...

... perceberem que isto quer dizer que eu não vejo os jogos do benfica... significa começarem a questionar o porquê da minha existência...

... perceberem que eu nunca vi a "casa dos segredos"... quase que fui morta à paulada na via pública e juro que ainda vi dois ou três sujeitos mal-encarados a juntar uns pauzinhos para fazer uma fogueira enquanto duas velhas vestidas de preto sussurraram "bruxa"...

Caracóis-L

terça-feira, 19 de outubro de 2010

para quem anda de metro em Lisboa...

... sou só eu que acho que os senhores seguranças da empresa 2045 têm a mania que são uma "encarnação" do action man?

Caracóis-L

terça-feira, 12 de outubro de 2010

contas, contas, contas...

Esta coisa das depilações definitivas e de ver o corpo a começar a ficar sem os pêlos inestéticos é um regalo para a alma! A sério. A alma é que se gelou toda, tadinha, quando hoje tirei o estrato da conta no multibanco… Epá… pronto… paguei logo tudo, não tenho que me preocupar mais com isso, mas sacar o papelinho da máquina e ver menos 900 euros (sim… no-ve-cen-tos!!!!) que na semana passada, até faz arrepiar os pelinhos das pernas (os que restam, claro).
Perdi a força nas pernas, transpirei um bocadinho, concentrei-me para não começar a hiperventilar e decidi fazer uma lista dos meus luxos e escolher aquele (só um!!... que eu sou muito sensivel) que vai deixar de existir até a minha conta bancária me voltar a fazer sorrir. E na lista constavam:
a) Comprar sapatos cada vez que espirro;
b) Comprar brincos, pulseiras ou outras bugigangas cada vez que espirro;
c) Ir jantar fora com os/as amigos/as cada vez que um de nós espirra;
d) Sair à noite cada vez que é sexta-feira, sábado ou véspera de feriado;
e) Almoçar fora todos os dias por não ter pachorra para preparar uma refeição de véspera para levar para o trabalho.
Como é obvio… e)…
E como auto-incentivo moral para esta minha nova faceta de fada do lar por conveniência financeira, que a partir de hoje vai preparar TODOS OS DIAS um almoço lindo para levar para o trabalho, comprei umas botas novas (lindaaaaaaaasssssssss) e fiz uma reserva num restaurante maravilhoso para o jantar de 5ª-feira e ainda combinei um jantar de sushi para 6ª-feira!

Previsão para a recuperação total da conta bancária: Agosto de 2035.

Caracóis-L

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

coisas de gaja

Há uns tempos comecei a fazer depilação definitiva no rosto. E fiquei tão contente que comecei este sábado a fazer no resto do corpo. E lá estava eu toda exposta (entenda-se, despida) da cintura para baixo a levar descargas de luz pulsada por aí fora e na conversa com a esteticista. Falámos de coisas que eu já não me lembro, mas de certeza que falei mais do que devia, enquanto ela ia matando pêlos com a sua máquina demoníaca. E fiquei a saber que o cliente antes de mim era um homem que está a fazer o tratamento no corpo todo e que a menina teve que ir afastando o Zé Coelho (entenda-se, pénis) para um lado e para o outro e levantar os tin-tins (acho q esta não precisa de tradução…) enquanto fazia o seu trabalho e ainda me confidenciou que o tipo só podia ser gay porque ela lhe tocava com “jeitinho” (seja lá o que for que ela quis dizer com isto) e que ele não reagiu.
Ele quem? O cliente? O Zé Coelho? Mas ela queria que ele reagisse? A dúvida inquieta-me. Quando saí do gabinete o próximo cliente já estava na sala de espera. Passei depressa e sem o olhar de frente. Nunca se sabe o que esta tipa vai comentar acerca da “cliente anterior”. E com a sorte que eu tenho…
Caracóis-L

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

macacos, pavões, barbas e eu

Hoje quero falar sobre a teoria da evolução das espécies. Aquela coisa que se aprende no secundário, inventada por um gajo que foi dar umas voltas de barco e estudou uns pássaros e tal e por causa dele toda a gente se apercebeu que os macacos até se parecem um bocado com os homens. Com os homens! Não com as mulheres. As mulheres tiveram um processo evolutivo mais complexo. Eu, por exemplo, tenho muitos genes de pavão. Mas pavão macho.

Eu hoje fui dar uma das minhas corridinhas. Pelo caminho lembrei-me: será que os giros da barba também vão correr agora?

(giros da barba = dois gajos que suponho que sejam amigos, que vão correr para o mesmo parque que eu por volta das 18h30 – 19h, morenos, com barba por fazer, giros e bem constituídos)

(nota da redacção: a L. não é paranóica nem persegue ninguém, é apenas uma pessoa atenta que repara em detalhes)

Cheguei ao parque e virei logo à esquerda. Nada de ideologias políticas. Os giros correm sempre no sentido contrário. Gosto de me cruzar várias vezes com eles. E assim anulo a hipótese de ser ultrapassada e passar por fraquinha. E lá comecei a correr… tranquila… até que eles apareceram.

E o gene-pavão-macho acordou.

Peito para a frente. Costas direitas. Olhar fixo no horizonte. Passada firme e rápida. Coração a não aguentar o ritmo. Broncospasmo quase a acontecer. Mas a postura acima de tudo. Cruzo-me com os giros. E nunca mais vem a merda de uma curva, caralho? Não posso abrandar agora que eles podem olhar para trás!! Foda-se, finalmente uma curva. Faço a curva e volto ao meu ritmo de corrida habitual.

E isto repetiu-se tantas vezes quantas as que me cruzei com eles.

Posso não ter campainha. Posso não ter batedeira. Posso não ter varinha para fazer sopa. Posso não ter juízo. Mas tenho os melhores personal trainers de Lisboa, que me dão um incentivo inestimável à prática regular de exercício físico. E de graça!


Caracóis-L

terça-feira, 5 de outubro de 2010

o meu feriado foi assim, e o teu?

Há uns meses atrás fiz a compra que, a meu ver, foi a compra mais inteligente dos últimos anos. Uma batedeira com varinha trituradora para a sopa. Tudo no mesmo electrodoméstico. A varinha para fazer a sopa da dieta, a batedeira para fazer os doces que depois me obrigam a fazer dieta. E assim vivemos felizes e em equilibrio nos últimos meses, eu, a batedeira, a varinha da sopa, a sopa e os bolos.

Hoje, feriado nacional, trabalhei à noite, cheguei a casa de manhã e dormi. Tinha a entrega das compras do Continente, mas não quis saber, continuei a dormir. A minha campainha está avariada, mas não quis saber, continuei a dormir. Os homens do continente vieram e eu a dormir. Tiveram que ligar para a central, para de lá me ligarem para eu abrir a porta. Abri a porta, falei pouco, sorri ainda menos, abri ainda menos os olhos, recebi as compras e fui dormir.

À tarde fui beber um copo. Voltei para casa com um acesso súbito de me armar em dona de casa. Descasquei uma cebola, arranjei um alho francês e mais umas coisinhas, pus tudo na panela. Enquanto aquilo fervia e espalhava um agradável aroma a sopa pela casa, arranjei as coisas para fazer um bolo, descasquei umas maçãs, abri uns ovos, separei as gemas das claras e deixei tudo pronto tipo linha de montagem.

E fui buscar a batedeira.

E a puta não funciona!

Bati o bolo à mão (ao braço, vá…).

Ainda não sei como vou fazer com a sopa.

Tendo em conta que eu não gosto de sopas feitas fora de casa, mas os bolos que se vendem nos cafés e pastelarias, desses já gosto de quase todos, se eu voltar a engordar a culpa não é minha! É dessa maquineta estúpida que decidiu avariar-se sozinha.
Caracóis-L

domingo, 3 de outubro de 2010

surreal...

Lisboa.
Setembro de 2010.
Homem com 35 anos.
Conversa via Messenger.


Ela: Podíamos ir jantar um dia destes…
Ele: Podíamos!
Ela: Gostas de sushi?
Ele: O que é isso?
Ela: LOL tas a gozar?
Ele: Não.
Ela: Não??
Ele: Não!
Ela: Oh god…
Ele: É um peixe mediterrânico?
Ela: É comida japonesa!!!!
Ele: Ah, não sabia pá!

Atenção, isto não foi ficção!!!
Caracóis-L
E de repente apercebi-me que 11 de Agosto foi há uma porrada de tempo...

Caracóis-L

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

porque é que eu sou assim (IV)

Esta história remonta ao final dos anos '90. A minha mãe estava rendida à televisão por cabo e à MTV. Se passava Metallica ela comentava “u-hu gosto tanto!”. Se passava Backstreet Boys ela comentava “u-hu gosto tanto!”. Eu até acho que se passasse José Cid, a reacção seria a mesma... Mas do que ela realmente gostava era da Madonna e do vídeo da “Frozen”. Ela até se babava porque a música era linda, e a Madonna estava linda no deserto sozinha e os cães e coiso… Enfim…

Até que chega o Natal e ela (a minha mãe, não a Madonna) decide comprar um carregamento de camarões na loja de peixe congelado do senhor Ivo, ainda antes dos tempos da ASAE, onde se vendia tudo ao peso e sem embalagens individuais. E lá vem ela toda contente com um saco de plástico cheio de camarões congelados ao monte e conta emocionada a seguinte descoberta:

“Eu pedi ao senhor Ivo 2kg de camarões congelados, ele foi à arca buscar a caixa grande dos camarões, que estava metade rasgada, mas onde ainda se lia “frozen”! Já percebi do que fala a música linda da Madonna no deserto!!!”

Pena que a parte rasgada dizia “shrimps”…
Caracóis-L

(Epa, mas quem é que no seu juízo perfeito acha que alguém iria cantar no meio do deserto sobre camarões, mulher de Deus????)

sábado, 7 de agosto de 2010

sem título

Fui mentirosa. Fui. Não voltei logo logo. Isto porque o regresso ao trabalho foi traumático. Isso de fazer duas noites de trabalho na mesma semana devia ser proibido por lei. E os lesados deviam ser compensados com indemnizações com 5 dígitos, mais 4 semanas de férias e massagens relaxantes.

Isso e ter que aturar pessoas que vão às urgências dos hospitais a meio da noite porque têm "pontadas fascinantes no peito". Meus amigos, as consultas de psiquiatria têm horários porreiros e de dia, sabiam?

Isso e alguém lembrar-se de me apresentar não sei quem estrangeiro depois de eu estar a trabalhar há mais de 14 horas seguidas, num inglês pior que o meu quando estou bêbeda e quase provocar-me um enfarte por estar a conter uma gargalhada monstruosa. Eu não sou boa cobaia para os vossos cursos de inglês por correspondência, sabiam?

Isso e tudo quanto é malta descompensada da cabeça lembrar-se de ser meu amigo instantâneo. Eu sou ainda pior pessoa que vocês, sabiam?

Isso e eu decidir ficar em casa numa 6ª-feira à noite porque trabalhei muito e estava cansada e agora estar com uma insónia…
Caracóis-L

domingo, 1 de agosto de 2010

renasci das férias

Três semanas e meia.
Não fiz nada, dormi como não dormia há meses, fui (pouco) à praia, revi amigos, fui a festivais de verão, fui a jantares, fui ao teatro, troquei os horários todos, conheci pessoas novas... Tudo como planeado, sem viagens longas, com as pessoas de quem gosto.
Amanhã volto ao activo a sério.
Aqui também.
Caracóis-L

sexta-feira, 16 de julho de 2010

é com grande pesar que vos informo:

- Que o pé direito mais bonito do mundo tem um calo.

- Que acabei de usar pela primeira vez um penso calicida.

Caracóis-L

quinta-feira, 15 de julho de 2010

de certeza que esta vai aparecer na próxima edição da Time Out!

Gosto muito daquelas tretas com velinhas. Tenho-as espalhadas pela casa toda. As velinhas é que já tinham acabado. No outro dia, estava a fazer as minhas comprinhas no continente online e lembrei-me das velinhas. Pumba, um pacote de 50. Hoje fui dar uma volta ao Campera e vi que as velinhas estavam com um mega-mega-preço. E pumba, mais 100 velinhas. E três almofadas e toneladas de roupa interior e 2 pares de calças e 3 lenços e umas prateleiras para a cozinha. Por sorte não vieram mais sapatos. Por sorte… Agora, os homens do continente acabaram de vir entregar as minhas compras. Um deles era bem giro… Não interessa. Interessa é que tenho 150 velinhas! E hoje também fui à segunda sessão de depilação definitiva no buço. Decidi esclarecer um ponto importante com a menina mata-pêlos. Não posso mexer na raiz dos pêlos. Cera, pinça, máquina, está tudo proibido. Apenas lâmina.
Conclusão: quem quiser assistir aqui à princesa com umas calças lindas da Salsa a fazer o bigode com gilete à luz das velas, são 15€ a entrada. É que tanta maluquice junta desta vez saiu caro…
Caracóis-L

quarta-feira, 14 de julho de 2010

o senhor padre vai deixar a paróquia

O padre da Moita vai embora. Já me disseram para onde, mas eu não arquivei essa parte. Também não interessa. O que interessa é que houve pessoas que se lembraram de lhe comprar uma prenda de despedida. E que uma dessas pessoas foi pedir a opinião à minha mãe.


Pessoa: O que achas de lhe comprarmos qualquer coisa?
Mãe: Hum...
Pessoa: Temos uma ideia...
Mãe: Hum?
Pessoa: Uma coisa que ele goste e que lhe seja útil...
Mãe: Hum hum...
Pessoa: Lembrei-me que podíamos comprar-lhe uma snaita!
Mãe: Oi??!!


A pessoa queria dizer sotaina, mas acreditava piamente que o nome correcto era snaita, não fazendo ideia do real significado do que tinha dito. A minha mãe gozou com ela o resto dia e ainda anda a espalhar por aí que esta alma inocente disse que queria dar uma snaita ao padre. A minha mãe é ruim. E eu gosto disso!
Caracóis-L

terça-feira, 13 de julho de 2010

onde estão aquelas férias de há 10 anos atrás, em que ninguém me moía o juízo e eu não fazia ponta de um corno?

Eu só queria ter um bocadinho de paz à minha volta.
Sem ter que falar e sorrir para homens que olham para mim como se eu estivesse em roupa interior. Sem ter que ouvir pessoas a contar que consultam um cardiologista privado porque tiveram uma otite e que o antibiótico as deixou um bocadinho roucas, ou porque têm pedras nos rins, ou porque não têm nada (Não sabem onde gastar o dinheiro? Eu posso dar-vos o meu NIB…). Sem ter que pôr despertador e ter coisas para fazer e pensar durante os primeiros dias de férias. Sem receber mails cujo conteúdo significa: coça a micose toda agora enquanto podes filha, que quando as férias acabarem isto vai apertar outra vez.
Já se fazem retiros espirituais em Marte? Apetecia-me tanto um…
Caracóis-L

gajo = burro todos os dias?

Um dia destes:
Ele: Olá! Não dizes nada?
Ela: Tou a trabalhar... (e estava mesmo)

Outro dia:
Ele: Tudo bem? Nunca dizes nada?
Ela: Tudo! Tou a trabalhar... (não estava)

Outro dia:
Ele: Então? Sempre a trabalhar? Nunca mais disseste nada!
Ela: É... Sempre a trabalhar! (não estava)

Hoje:
Ele: Mas tu tás sempre a trabalhar? Não dizes nada...
Ela não respondeu...

Pessoal!
Este gajo precisa de ajuda.
Todos juntos comigo!

cof cof (afinar a voz)

ELA NÃO TE QUER DIZER COISA NENHUMA, CARALHO!!!!

Esclarecimento gentilmente esclarecido por:
(a grande)
Caracóis-L

domingo, 11 de julho de 2010

crónicas de uma mulher desorganizada

Amiga: Oh L…. Porque é que tens um par de uma sandália na sala e o outro na casa de banho?

Eu: Olha, o que é que achas? Porque descalcei um pé na sala e o outro na casa da banho!

Esta conversa deu pano para mangas, gozo directo na minha cara durante meses, porque sou desorganizada, porque não consigo ter as coisas arrumadas, porque os homens é que são assim e as mulheres não podem ser…
Hoje quis calçar ‘aquelas’ sandálias, as que ficavam mesmo bem com o que acabei de vestir e não podiam ser mais nenhumas (as mulheres sabem do que falo). Procurei, procurei, procurei. Um par estava debaixo da cama. O outro em cima de uma cadeira na sala. Ainda bem que estava sozinha. Desta vez a distribuição aleatória de sapatos pela casa não tinha resposta pronta. É que eu acho que vive aqui escondido em minha casa um doende viciado em cogumelos mágicos que me desarruma as coisas enquanto eu estou distraída a dormir a sesta. Só que se eu contar isto ninguém acredita.
Caracóis-L

sexta-feira, 9 de julho de 2010

relato de um primeiro dia de férias

Entrei de férias às 8h da manhã de ontem. Dormi um bocadinho. Esteve um calor do caraças. Fui para o Optimus Alive. Bebi como o caraças. Curti os concertos e dancei como o caraças. Havia gajos giros como o caraças por todo o lado.
Hoje está um calor do caraças. Vou para o segundo dia do Alive. Esperemos que o resto também se repita!

Caracóis-L

quinta-feira, 8 de julho de 2010

... estava no bolso da bata...

Caracóis-L

quarta-feira, 7 de julho de 2010

tenho medo...

... tenho muito medo....

... acho que perdi o meu telemóvel!

Aaaaaaahhhhhhhh!!!!!!

Caracóis-L


(ainda digo "acho" porque já revirei a mala e a casa, só me falta o local de trabalho, que é assim um hospital um bocadinho pró grande... e logo hoje que foi véspera de entrada de férias e andei a passarinhar armada em mete-nojo só para informar os outros desgraçados que vão continuar a trabalhar com este calor, que eu vou andar a coçar a micose até ao mês que vem... e ainda por cima hoje faço noite e não vou podir dormir a sesta porque o meu único relógio e despertador é o meu telemovel adorado do coração.... não fosse eu não acreditar em castigos divinos e achava que isto era mesmo um!)

terça-feira, 6 de julho de 2010

em relação à questão do anão: não é que ela trouxe mesmo uma foto?

E não é que hoje a senhora casamenteira trouxe a foto do sobrinho anão?

E não é que quando dei por mim estava uma multidão para ver como eu reagia? (nesta situação, 3 pessoas é muuuuuiiiiiiita gente!!!)

E não é que o problema do anão não é a escassez na vertical, mas o excesso de substância para os lados? Já para não falar na gravata cor-de-laranja…

E não é que a minha censura mental tirou férias antes de mim e a minha boca foi possuída por uma decapitadora de sobrinhos?

E não é que comecei por dizer “ai que horror!”, tentei corrigir-me e disse “parece um velho com essa gravata!”, tentei corrigir outra vez e disse “quer dizer… não é bem parecer velho… é muita gordo…”, tentei corrigir novamente e disse “não faz o meu género, sabe?

E não é que a multidão ficou desapontada?

E não é que ainda apareceu uma 4ª criatura, que eu não conheço de lado nenhum nem nunca vi na vida, a perguntar “se ela gostou do rapaz ou não”?

E não é que eu acho mesmo que está a haver um concurso para ver quem me arranja marido antes do fim do Verão?
Caracóis-L

domingo, 4 de julho de 2010

Moita, essa bela localidade e a minha mãe que... enfim...

Eu decidir passar dois fins-de-semana consecutivos na terra que me viu crescer é coisa para deixar Sua Santidade o Papa aos gritos “milagre!!!”.

O motivo: passeio de família. Bem… Não foi bem passeio… Na verdade, foi mais uma visita de estudo à barragem do Alqueva, que o Joaquim queria ver (vá-se lá entender a tara por barragens) desde o ano passado. E lá fomos todos para o Alentejo profundo, em pleno Julho, fazer não sei quantos quilómetros (não me digam quantos são, há coisas em que a ignorância é uma benção), para ver uma barragem, almoçar e voltar para trás. Escusado será dizer que chegámos todos a casa com cara de ananás e cada um adormeceu em seu canto. Acordei às 21h com a Leonor a perguntar-me o que eu queria comer:


Mãezinha: Oh L.! Tu vê lá que adormecemos todos, hoje não fui às compras, não tenho comer em casa, já está tudo fechado, só tenho ovos e delícias do mar!
L. (só com meio olho aberto): E o que queres que eu te faça?
Mãezinha: Quero saber o queres jantar.
L. (com os dois olhos completamente fechados): Não acabaste de dizer que só tens ovos e delícias do mar aqui em casa?
Mãezinha: Sim…
L. (a começar a ficar nervosa, mas a fazer força para não espalhar o sono): Então o que queres que te diga?
Mãezinha: O que queres jantar…
L. (já a descompensar e de olhos abertos): Se dizes que só tens ovos e delícias do mar, não tou a perceber o que queres que te responda!
Mãezinha: Opa! Quero saber o que queres jantar.
L. (já aos gritos): Ovos e delícias do mar!!!
Mãezinha: Pois… vai ter que ser.


Obviamente que me acordou. Levantei-me e fui atrás dela a ralhar por causa da conversa absurda, abri o frigorífico para ver se tinha alguma coisa fresca para beber e encontrei dois tomates e duas cenouras.


L.: Oh minha grande atrasada mental! Só ovos e delícias do mar?? Tens aqui coisas para fazer salada!!!!
Mãezinha: Não sejas assim para a mãe! Não me lembrava…


Fiquei a falar para dentro. Comecei a fazer uma salada enquanto ela mexia os ovos com as delícias do mar. Entretanto encontrei no congelador um pão, 3 espetadas, carapaus, batatas pré-fritas e esparregado. E eu ralhava. E ela só dizia que não se lembrava. E eu ralhava mais. Já vermelha de nervos, perguntei-lhe pelo ralador da cenoura. Ela apontou para uma porta do armário. Eu abri a porta do armário…


L.: Oh mãe…
Mãezinha: Ai o que foi agora?
L.: Tu tens aqui neste armário uma lata de feijão, duas latas de grão e duas latas de atum…
Mãezinha: Ah pois… eu sabia que tinha atum…
L.: Ah pois?! Ah pois?! Tu acordas-me daquela maneira, a dizer que íamos passar fome até amanhã e tens aqui comida para 5 ou 6 refeições?!
Mãezinha (a rir-se que nem uma perdida): És má para a mãe!


Sou má uma porra!
Ficou provado porque é que eu sou distraída, despistada e esquecida.
A herança genética é uma puta!

Caracóis-L

quarta-feira, 30 de junho de 2010

em relação à questão do anão: vou ter que ser mais explícita?

- Segunda-feira trago uma fotografia do meu sobrinho para a L. ver!
(sorriso de orelha a orelha)

- Quando lhe tirar a foto meta-lhe uma régua ao lado!
(sorriso de orelha a orelha)

Porque é que ela insiste com a história do anão encalhado? Será que alguém anda a vender rifas para oferecer uma viagem à Tailândia a quem conseguir impingir-me um homem ainda este Verão? Será que o anão é estrangeiro com o visto a terminar o prazo e precisa de casamento, se não é recambiado para a terra dos anões? Será que eu já sou uma solteira ressabiada e já ninguém me pode aturar?

Caracóis-L

terça-feira, 29 de junho de 2010

Meias doses, rodas 24 e anões, não! Obrigada.

Isto chega a Primavera e o Verão, as borboletas esvoaçam e reproduzem-se, as plantas dão flores e reproduzem-se e as andorinhas voltam e reproduzem-se, as novelas da TVI devem estar todas a acabar e à minha volta reinicia-se o pânico das já reproduzidas. Elas não devem ter com que se entreter, preocupam-se novamente com a minha reprodução e lá andam todas malucas a tentar arranjar um macho cobridor aqui para a L. Tadinha da L…
Desde primos encalhados, cunhados encalhados a irmãos encalhados já me ofereceram de tudo. Hoje foi um sobrinho encalhado. Com uma introdução digna das novelas que elas vêem todas as noites:
Ai a L. é gira (hum hum, confere), simpática e divertida (continue que eu tou a gostar), é inteligente (gosto tanto de si, dê cá uma beijoca), eu tenho um sobrinho tão giro (ai sim?), solteiro (hum hum…), trabalhador (boa, que eu não gosto de chulos, bandidos sim, mas chulos não), gosta de cozinhar e sabe limpar a casa (não é gay, pois não?), mais ou menos da sua idade, moreno e com o cabelo meio grisalho (ui, sexy!) e mais ou menos da sua altura…

Oi oi oi oi! Pára tudo!!!! Da minha altura??? Oh minha senhora, então não vê que eu tenho um metro e meio?? Agora querem arranjar-me cenas com um anão??? Sabe cozinhar, é trabalhador e é anão??? Deve ser uma bimby, queres ver???
Caracóis-L

segunda-feira, 28 de junho de 2010

grande gala dos prémios "pesquisas google"

Ora então boa noite a todos.
Bem vindos à primeira grande gala dos prémios "pesquisas google", aqui no caracóis.com!
Entre os concorrentes surgiram algumas pesquisas citando várias, apenas algumas, ou até apenas uma das palavras da lista anunciada (lembram-se?). No entanto, os vendedores que irei anunciar destacaram-se pelo requinte e determinação na pesquisa efectuada. Agradeço desde já a colaboração de todos os participantes.

Terceiros classificados ex aequo:
nporn,xxxx
xxxx.porn.xxxx

Com o prémio de excelência atribuído ao segundo citado, pela quantidade de XXX na pesquisa. Este gajo devia mesmo querer ver pinanço à bruta, se fosse em grupo tanto melhor e se metesse porrada e lutas na lama, então maravilha!


Segundo classificado:
badalhocas a foder na verga

Palavras para quê?... Este sabe bem do que gosta.


Primeiro classificado:
putas na estrada freeporn videos

Ganhou pelo desespero e primor na pesquisa: nada de gajas de bordel e acompanhantes de luxo, que isso é para meninos ricos, este queria mesmo as da rua, se for à beira de um pinhal tanto melhor e nada de vídeos a pagar que isto da crise não permite grandes aventuras.


Caracóis-L
(Aos que fizeram uma pesquisa propositada, o meu mais sincero e eterno agradecimento pela disponíbilidade em participarem activamente neste meu projecto)

domingo, 27 de junho de 2010

Moita, essa bela localidade e a minha vida amorosa que anda ao rubro!

Ontem fui sair com alguns amigos. Uma amiga, o namorado da amiga, uma amiga da amiga e o irmão da amiga da amiga. A amiga e o namorado mais ou menos da minha idade, a amiga da amiga com vinte e poucos anos e namorada de alguém que andava por outras paragens e o irmão da amiga da amiga, com 40 anos e solteiro.
Como a Moita é uma metrópole com uma actividade nocturna que é uma loucura, tudo fecha às 2h da manhã. Fomos parar a um bar na periferia com meia dúzia de gatos pingados.
Um bêbado famoso (sim, na Moita há bêbados com diferentes estatutos) decidiu meter conversa aqui com a princesa. Culpa minha, que tenho a mania de dar conversa a toda a gente. Até aqui tudo bem, não fosse ele feio como tudo, não tivesse ele 60 anos e não tivesse eu pouco anestesiada para suportar as bebedeiras e o mau hálito alheios. No meio daquilo, a solução mais fácil e eficaz só podia ser uma, arranjar um "namorado" instantâneo e com poder de improviso, para ver se ele ia para outra paragem. A única vítima disponível, o irmão da amiga da amiga, prontificou-se logo a assumir o papel de "namorado da L.", com direito a mão na cintura e pelas costas da L. enquanto o outro não foi embora.
Estava então eu, com uma mão de 40 anos a percorrer-me as costas para afugentar um bafo de bode com 60. Socorro!
Neste momento comecei a ouvir uma música tipo banda sonora de um filme sobre o apocalipse.
Pum ptum pum pum ptum!
O fim do mundo e a destruição massiça da raça humana por uma bando de mutantes com armas de fogo.
Pum ptum pum pum ptum!
Olhei para a porta e esperei que eles entrassem e me espetassem com um balázio no meio dos olhos e acabassem com o meu sofrimento.
Pum ptum pum pum ptum!
Nada...
Pum ptum pum pum ptum!
Afinal era só o DJ que era uma bela merda.
Caracóis-L

sábado, 26 de junho de 2010

Moita, essa bela localidade

Vim passar o fim-de-semana à terrinha. Ui ca bom! Banho de mangueira e sol na tromba enquanto o pai assava uns carapaus. A meio do almoço de família, fui limpar a boca à pressa antes que o molho à espanhola pingasse do meu queixo para o meu biquini, esqueci-me de dobrar o guardanapo e espetei com uma das pontas num olho.
Eu: Ai caralho!
Pai: Já começa! O que foi agora?
Eu: Espetei com o guardanapo no olho...
Pai: Estúpida.
O resto da conversa foi de grande teor intelectual.
Depois de passar a tarde de vadiagem voltei a casa para jantar. Estiquei-me no sofá, com os comandos da televisão em minha posse, a ver o CSI. O pai veio desalvorado do quintal e com os olhos arregalados percorreu toda a mobília da sala, enquanto no sofá eu conseguia ouvir a sua frequência cardíaca a aumentar. Curti ao vivo ao espectáculo “Joaquim desesperado à procura dos comandos da TV” até ele se ter apercebido que eu estava perdida de riso e lá percebeu que eu é que os tinha. Mandou-me mudar de canal.
Pai: Quero ver a bola.
Eu: Tou a ver o CSI.
Pai: Muda de canal.
Eu: Só quando acabar o CSI!
Pai: Estúpida.
Às 20h38 mudei de canal. Notícias na RTP1. Notícias na SIC.
Eu: Não tá a dar em nenhum. Deve ser na sport-tv.
Pai: Demoraste tanto tempo que já acabou!
Eu: Quando querias mudar de canal já passava das 20h! Já não ias ver nada do jogo de qualquer maneira!
Pai: A essa hora tava no intervalo! Agora já acabou!
Eu: Tava tava... Que neste mundial as segundas partes dos jogos só têm meia hora...
Pai: Estúpida.

Em todas as situações, a minha mãe ria-se.
Um viva à minha família disfuncional!
Caracóis-L

quinta-feira, 24 de junho de 2010

22h28

EU VOU AO ALIVE!
EU VOU AO ALIVE!
EU VOU AO ALIVE!

E já dormi a sesta.

Fim de emissão.

Caracóis-L

14h38

A Optimus lançou 10 mil bilhetes para os dois primeiros dias do Alive.
Eu vou ver se ainda arranjo dois.
Se não adormecer pelo caminho.

Caracóis-L

3h22

Epá! Hoje estou mesmo triste porra! O dia de trabalho foi uma bela bosta, só consegui almoçar às 3h da tarde. Depois desencaminhei a mana para ir fazer umas comprinhas. Queria umas sandálias, mas não gostei de nada. Queria um vestido, mas como ainda estou a meio do processo de desinsuflação (vulgo dieta) e a meio do processo hemorrágico (vulgo período), a minha barriga parece um barril e todos eles me davam ar de grávida em estado terminal. Senti-me deprimida e não comprei nada. Fui para casa descansar um bocadinho que agora estou a fazer o turno da noite. Entretanto fiquei a saber que por ser cabeça no ar, preguiçosa e demasiado “deixa andar”, não vou ao Optimus Alive porque os bilhetes já esgotaram. Merda.

Para me entreter vou escrevendo coisas até sair do trabalho. Até às 15h.
Preciso de me animar um bocadinho...

Caracóis-L

terça-feira, 22 de junho de 2010

primeiras reacções face a um verão que já chegou:

- deixar de comunicar com a estúpida da balança, que continua a não saber números abaixo do 52.
- acordar sobressaltada a meio da noite porque estava a sonhar que comia duas doses de salada. De salada!!! SA-LA-DA!!!!
- ver uma gorda muito gorda de vestido branco transparente, sem soutien e com cueca fio dental amarelo canário, ter vontade de gozar com ela até ao fim do mundo e ao mesmo tempo pedir protecção divina contra a gordura localizada.
- chegar a casa depois de um dia de trabalho, levantar os braços para prender o cabelo e sentir um agradável aroma a catinga.

Caracóis-L

segunda-feira, 21 de junho de 2010

free porn XXXX

Se procuras pornografia podes sair, não temos nada disso.

Este post vem a propósito da habitual insónia de Domingo. Ontem, enquanto me concentrava com todas as minhas forças para a dormecer antes das 2h da manhã (ainda me lembro de ver 3h30 no relógio…) lembrei-me das pesquisas que levam visitas inesperadas aos blogues vizinhos e dos posts que os outros escrevem a dizer “ai entraram aqui a pesquisar isto e aquilo”. E como aqui, de “estranho”, ainda só tivemos “badalhocas” e “caracóis com coisas no pescoço”, eu fiquei muito deprimida por não ter a honra da visita dos amantes da pornografia via internet.

Ora Google Analytics, vou-te provocar: durante esta semana, quantas pesquisas porcas vais tu dizer que vieram parar aqui? Obviamente, isto é um estudo científico de interesse público. Obviamente os resultados vão ser apresentados com gráficos e tudo. Se eu tiver paciência. Obviamente só fico satisfeita se alguém vier aqui parar por pesquisar "sexo anal com anões". E obviamente, os fins justificam os meios:

Mamas, chuchas, rabo, cú, bilha, peida, vagina, cona, pipi, pintelho, xoxôta, snaita, snisga, grelo, pau, pénis, pila, picha, caralho, verga, tomates, colhões, testículos, sexo, foda, pinanço, queca, orgia, rambóia, canzana, broche, minete, punheta, putas, lésbicas, bichas, gays, badalhocas, rameiras.

Pronto! Acho que chega. Não precisam sugerir mais palavras-chave. É que a minha mãe agora lê isto e tal…


Caracóis-L


PS: Oh mãe, eu disse que não era preciso sugerir mais palavras, ok?

7-0 e outras efemérides

Hoje a “nossa” selecção, que há coisa de uma semana estava no topo da lista “para abate” por esse Portugal fora, deu um enxerto de porrada nos coreanos. E de repente, hoje já são heróis nacionais. Cá para mim, herói é o Meireles que é bom todos os dias. Tem cara de bandido, tatuagens de bandido, barba de bandido e eu gosto de bandidos.
E hoje também começou o Verão.
E hoje recebi o subsídio de férias.
E hoje uma senhora gorda disse que eu estou mais magra e eu respondi-lhe que ela acha isso porque os parâmetros de avaliação dela estão distorcidos.
E hoje renovei o meu passaporte para o inferno.
Caracóis-L

domingo, 20 de junho de 2010

ou então o cosmos vota contra

Se vives sozinho e combinaste alguma coisa com outra pessoa em tua casa, não deves:

1. ter a campainha avariada,
2. adormecer profundamente durante 6 horas,
3. ter um telemóvel com a mania que tem vida própria e que decide auto-desligar-se e adormecer profundamente ao teu lado.

É capaz da outra pessoa ficar um bocado chateada contigo.
Caracóis-L

quinta-feira, 17 de junho de 2010

sem título, que esta cabeça já não consegue mais

Chegou aquele dia da semana em que o meu cérebro se assemelha a um peixinho num aquário daqueles redondinhos. Só água e o peixinho, sem som, sem qualquer actividade de interesse, só a fazer bolhinhas com a boca. Fiz noite e só saí do trabalho às 15h. No bocadinho da noite que tive para descansar, partilhei a sala com um barbudo gordo que roncava e assobiava enquanto inspirava e imitava um cavalo quando expirava. Aquilo sim, é uma senhora roncopatia, não aqueles roncozinhos de que esses maricas se queixam nas consultas do sono. Só Deus sabe como eu estive tão perto de lhe oferecer uma apneia provocada pelo meu pé enfiado pela boca dele adentro. Quando saí do trabalho, ainda fui beber café com a mana. Depois ainda fui marcar depilação às pernas. E depois ainda fui às compras. E depois ainda fiz sopa. Nos entretantos, a minha mãe avisou-me que recebi uma carta registada da polícia da República Checa (isto). Pedi-lhe para a abrir e dizer-me o que era. Para nosso espanto, a carta vinha toda escrita em checo, à excepção dos nossos nomes, claro. Isto sim, é coisa de povo rico em esperteza saloia. Hipótese 1: podem estar a agradecer a nossa colaboração na captura de um grande bandido ladrão de moças belas e indefesas. Hipótese 2 (tendo em conta as fotos que tiraram das nossas coisas): podem apenas estar a dizer que não gostam de badalhocas desarrumadas e que não nos querem mais no país deles. E agora também me lembrei de uma noite em que o pai deu um chuto na minha mãe enquanto dormia porque estava a sonhar com o cão da florista, a coisa mais irritante que já existiu naquela rua, que mordia as pernas de quem passava à frente da loja (nem sei como aquilo se manteve tanto tempo aberto). E eu acho que vou sonhar tanto com a cabra da brasileira a dar-me puxões de meia noite na Maria Francisca, mais o bisonte polifónico que faz sinfonias enquanto dorme, mais os cabrões dos polícias checos que acham que a segunda língua oficial de Portugal é o checo. Senhor, quero agradecer o facto de dormir sozinha porque, tendo em conta a minha herança genética, amanhã podia ser acusada de homicídio involuntário. Amén.
Caracóis-L

quarta-feira, 16 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

ora façam as vossas apostas

Todas as segundas-feiras reinicio a dieta para o Verão que, por sinal, começa já para a semana. Então pois que hoje, cheia de ganas de ser uma mulher a sério e comer coisas de mulher adulta, jantei só uma sopinha sem batata no puré e um kiwi para sobremesa. Linda menina. Jantar de dieta. Duas horas depois comecei a fazer mais barulho com o estômago do que os miúdos que andam ali na rua a soprar nas vuvuzelas. Só me apetece abrir a janela e gritar “oh meus grandas parvalhões, não sabem que Portugal fez um joguinho mau, mau, mau, mais feio que cuspir na sopa?”. Obviamente que o nervoso miudinho de ter a sensação que há uma manada de elefantes a habitar na minha rua, tal não é o jeitinho com que estas adoráveis crianças apitam naquela gaita, aliado ao canto rouco do meu estômago choroso, resultou no devorar de um frasco inteiro de azeitonas e colheradas de paté de sardinha com um bocadinho de tosta por baixo, com a companhia de uma lata de coca-cola. Os resultado da rebeldia estarão certamente a rebentar amanhã, seja na balança, na sanita, em 3 borbulhas por centímetro quadrado na minha cara ou, quem sabe, até com um ataque surpresa de hemorróidas.
Caracois-L

L. e os homens

Hoje completei a minha colecção de cromos automobilistas que apitam, gritam “oh boa!”, mandam beijinhos e fazem caras de “se pudesse saltava-te para cima” enquanto conduzem Lisboa adentro. Já tinha o taxista gordo, o distribuidor de compras do pingo-doce, o distruidor de carne do talho aqui da rua e o condutor e penduras do carro de recolha do lixo. Hoje a sorte esteve comigo. Completei a colecção com o condutor de uma carrinha funerária. Sou uma pessoa humilde. Não preciso de mais nada. Hoje sinto-me uma mulher realizada e feliz.
Caracóis-L

segunda-feira, 14 de junho de 2010

como é óbvio...

... depois de uma noite daquelas (na rua) e de um dia destes (na cama), agora pareço um lémur de olhos esbugalhados no escuro!
Caracóis-L

domingo, 13 de junho de 2010

relato de uma noite de santo antónio

Isto começa logo com o jantar. Fui parar a Olival Basto (???) com as minhas gajas no jantar de aniversário de um gajo que não conheço. Onde me lambuzei com seis sardinhas, apesar de, até ao momento em que comi a primeira, afirmar de mão de direita sobre o peito que odiava tal peixe. Dizem os maldizentes que agora sim, a minha metamorfose de alfacinha está a ficar completa. Ainda havia mais outro aniversário na mesma colectividade (sim, colectividade ou salão do grupo recreativo… levam-me para cada sítio… ). Já que não conhecia nenhum dos aniversariantes, escolhi o bolo que mais me agradou e afiambrei-me a uma fatia do bolo do segundo, apesar de ter passado o jantar inteiro a criticar as indumentárias dos seus convidados. Coitadinhos, de onde saiu aquela gente e aqueles cabelos e aquelas caras e aquelas roupas e aquele bolo brigadeiro que quase me trouxe as lágrimas aos olhos?

Depois lá nos metemos no metro, andámos à pressa enquanto deu, andámos a furar a multidão e lá chegámos… um cantinho mágico em plena Bica, com banda de bailarico e o respectivo bailarico, com banca de cerveja a 1 eurozito e com casa-de-banho!
Ora a casa-de-banho… Fui lá duas vezes.

Primeira incursão: fila gigante, com homens e mulheres à mistura, uma escada ao lado da fila que aparentemente dava para outra casa de banho, que supostamente estava avariada. Ninguém se metia pelas escadas, pelo que ficámos na fila gingante. Pingava água do tecto. Um maluco qualquer desata aos gritos: “Epa, saiam daí! Isso é mijo, não é água! Os gajos não querem saber, aquilo lá em cima tá entupido, eles foram lá mijar na mesma! Isso é mijo, pá!”. Pensei eu: “Ai, bêbado de merda!”. Ninguém lhe ligou nenhuma! Ficámos todos na fila com o ping-ping na cabeça.

Segunda incursão: fila gigante na mesma, com homens e mulheres à mistura. Uma gaja desdentada só com um pré-molar no andar de cima e unhas roídas, a guardar as escadas para ninguém subir. Parecia que alguns cavalheiros não tinham percebido que a casa-de-banho de cima estava encerrada por avaria… Podia eu ter ficado preocupada com o ping-ping amarelo no meu cabelo? Podia! Mas fiquei vidrada em tentar perceber como é que alguém sem dentes consegue roer as unhas.

Fui dançar o resto, fui comer moelas com batatas fritas a uma tasca, vim para casa de manhã e acordei a meio da tarde.

Reiniciei a dieta. Jantei uma sopinha e uma pequena sandes de atum (com ovo e bué da maionese) em pão integral.
Amanhã é segunda-feira. E lá se passou mais uma noite de Santo António. Aos que estão preocupados: já tomei banho!

Caracóis-L

(A Bica é liiiiiiiiiiindaaaaaaaa!!!!)

sábado, 12 de junho de 2010

chegou o santo antoninho!

Declaro por minha honra, que estou prestes a sair de casa, para me embebedar forte e feio, comer coisas feitas em fogareiros clandestinos, andar a pé feita peregrina, dançar em bailaricos com pessoas que não conheço e voltar a casa só amanhã de manhã, provavelmente com 3 bolhas em cada dedo do pé. Queira Deus que não chova, porque se chover volto molhada.

Oh mãe, isto é tudo a brincar, tá? Isto sou só eu a armar-me em fixe. Não ligues! Sabes que eu não sou rapariga de festas nem de copos, vou só ali ao cinema ver um filme.
(Ainda não descobriste como se comenta, pois não? Hihihihi)
Caracóis-L

agora é que é!

Ora bem, parece que este é o novo look definitivo (por enquanto) aqui do buraco. Com a autorização da S., claro está, que parece ter sido raptada por extraterrestres ali dos lados de Caneças, pois nunca mais deu o ar da sua graça. Mas garanto que tive o aval da prima.

Mais novidades. A minha nobre mãezinha já sabe navegar na net. Vai ao Messenger e tudo, chamar-me nomes e gozar comigo. Eu sou vítima de bullying pela minha própria mãe! E como se não bastasse, ela também vem aqui. Vamos então combinar umas frases de código para o futuro, que eu tenho medo que ela descubra o que eu tenho andado a fazer:

Fiquei em casa a descansar = fui sair à noite.
Fui à missa = fui sair à noite e só voltei de manhã.
Ai pá, deve ter sido uma avaria no metro, não sei, e não havia nenhum taxi nem nada, uma confusão na rua, gente por todo o lado... = fui sair à noite, perdi-me no caminho para casa e não sei dos meus sapatos.
Tou cansadinha = tou de ressaca.
Dói-me a cabeça = tou de ressaca.
Acho que hoje fico a ver um filme = tou de ressaca, mas vou sair outra vez.
(Quando digo que estive a trabalhar, estive mesmo, que com isso não se brinca!)


Acho que assim já dá para despistá-la. Tenho mais de 30 anos, mas o ar angelical pode ser conservado até aos 53 anos. Eu, pelo menos, acredito que sim. E cultivo isso com muita dedicação.

Caracóis-L
(Só digo estas coisas porque sei que ainda não descobriste como se comenta esta merda!!! Ahahahahah in your face Maria Leonor!!! Beijo grande, maezinha!)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

literalmente, uma história de merda

Só porque ontem fui jantar a um rodízio brasileiro onde enfardei toneladas de carne vermelha, gorda e deliciosa, 5 bananas fritas, feijão preto aos pontapés, caipirinhas, uma fatia de bolo de aniversário do tamanho de um autocarro e depois ainda fui beber umas parvoíces enquanto dancei a noite toda feita louca, não era preciso instalar-se a terceira guerra mundial intestinal com ataques suicidas de meia em meia hora desde as 6h da manhã, só para me relembrar que estou de dieta! Jesus!

(visão positiva: ou então iniciei uma nova era de dietas de emagrecimento, onde fazes disparates alimentares durante uma noite e no dia seguinte cagas o que comeste durante os últimos dois meses)
Caracois-L

terça-feira, 8 de junho de 2010

primeiras reacções face a um verão que se aproxima

A minha balança é estúpida, teimosa, burra, só sabe contar a partir do 52, não me obedece e eu odeio-a.
E se eu descubro que alguém andou a encolher os meus biquinis do ano passado, vamos ter chatices cá em casa! Ai vamos, vamos!!!!
Caracois-L

sexta-feira, 4 de junho de 2010

colecção primavera-verão 2010

Ando em experiências com as cores aqui do spot.
Estava farta do fundo preto.
Aceitam-se sugestões.
Acrescenta-se que a aqui a princesa não percebe nada disto e não sabe criar modelos personalizados.
Obrigada.
Caracois-L

quinta-feira, 3 de junho de 2010

ataques de calor e os perigos de dormir de janela aberta


Quem dorme de janelas abertas pode acordar com visitas inesperadas (indesejadas)...

... pode ser um destes...

... ou ainda um destes...

... com um bocadinho mais de azar, um destes...

... com muito azar, um destes...



Eu consegui ter um destes!!

Para além da luta épica para expulsar o dito cujo dos meus aposentos, acabei de criar um novo mito urbano:

ONTEM BEBI DEMAIS E ACORDEI COM UM POMBO DESCONHECIDO AO MEU LADO!

Caracois-L

quarta-feira, 2 de junho de 2010

porque é que eu sou assim (III)

Um dia, a minha mãe foi comprar umas coisinhas para o jantar na mercearia lá da rua, e quando quis confirmar quanto dinheiro tinha dentro da carteira (já dentro da loja) reparou que o que levava na mão era a escova do cabelo. Outro dia, a minha mãe foi comprar umas coisinhas para o jantar na mercearia lá da rua, e quando quis confirmar quanto dinheiro tinha dentro da carteira (já dentro da loja) reparou que o que levava na mão era a caixa de fósforos da cozinha. Outro dia ainda, em pleno Inverno, a minha mãe foi tomar café depois de jantar, e depois de se pentear, vestir o casaco e agarrar o chapéu-de-chuva, saiu de casa e quando chegou ao outro lado da rua reparou que levava calçados os chinelos de quarto.


Eu nunca fiz nada que se parecesse com isto.
Caracois-L

terça-feira, 1 de junho de 2010

reacção a NÃO ter quando se recebe um elogio

Jantar pacífico com um amigo e passagem por um centro comercial. Má ideia dele, teve que entrar numa loja de roupa!!!
Conversa:

Ele: Mas porque é que vocês têm sempre que comprar roupa?
Eu: Porque sim.
Ele: Olha, a Rute é que costuma andar por aqui a esta hora…
Eu: Epa!... Ela sabe que eu sou pacífica, não sabe? Não quero que me apareça aí uma maluca aos gritos e me dê na boca! (gargalhada)
Ele: (gargalhada) Népia! Na boa! Já lhe falei de ti! Disse que és uma grande amiga e a mulher mais inteligente que conheço.
Eu: Achas isso, mas é porque tu só conheces mulheres muita burras.

E em vez de dizer obrigada ou simplesmente sorrir, consegui insultar todas as mulheres da vida do meu amigo, incluindo a mãe, irmã, primas, tias, avós, amigas e “namoradas”, até a própria da Rute, que não conheço nem nunca a vi, dando-lhe agora motivos para me aviar uma chapada na cara.
Caracois-L

segunda-feira, 31 de maio de 2010

coisas absolutamente estúpidas que só me acontecem a mim (VI)

Hoje estou de greve até depois de amanhã. Mas daquelas greves a sério, lá dos sindicatos, para reivindicar coisas e denunciar situações. Por isso, não fui trabalhar. Mas saí de casa para ir tratar de umas coisas, toda lampeira e cheirosa, vestida à fim-de-semana, com os phones nos ouvidos, cabelos e decote esvoaçantes. Apanhei o metro, troquei de linha no Marquês de Pombal, e...

... um jovem com ar de trolha, roupa de trolha, cabelo de trolha, botas de trolha e cheiro de trolha decide fingir que tropeça em coisa nenhuma enquanto nos cruzamos nas escadas. Enquanto simula a sua queda semi-desamparada e perfeitamente calculada tenta procurar apoio no que lhe estava mais próximo... o que era? o meu rabo!

Com os aplausos entusiasmados dos seus amigos trolhas, recuperou o equilibrio como que por magia e seguiu caminho.

Eu fiquei parada uns segundos a perguntar como é que com tanta gaja boa a andar no metro ele tinha que fazer aquilo logo comigo. E perguntei-me também porque é que com tanto gajo bom que anda no metro tinha que me calhar o trolha e companhia limitada. Reparei que as outras pessoas ficaram a olhar para mim de boca aberta, que eu também tinha a minha aberta, fechei-a e segui caminho.
As respostas às questões são óbvias: só comigo. Ponto final.
Caracois-L

porque é que eu sou assim (II)

Um dia a minha tia limpou o pó de uma mesinha de cabeceira com uma esguichada de Forza (aquela coisa do demónio que derrete gordura como se não houvesse amanhã) porque achou que tinha agarrado na lata do Pronto. O engano sobreviveu desde a despensa até ao quarto, só tendo sido denunciado pela mancha que se formou no tampo da dita mesinha e que nunca mais de lá saiu. Depois essa mesma tia lembrou-se que tinha um candeeiro partido, que depois de colado com super-cola 3, ficaria mesmo bem a encobrir a tal da mancha do Forza. Até aqui tudo mais ou menos bem, não tivesse ela posto o candeeiro em cima da mesa antes da cola secar e ter inventado uma única peça de decoração composta por uma mesinha de cabeceira manchada com um candeeiro aos cacos incorporado. Se o candeeiro dá luz ou não, não sei.
Eu já arrumei um frasco de champô no frigorífico ao lado dos iogurtes. E também arrumei uma embalagem de miolo de camarão congelado no armário juntamente com pacotes de massa e arroz. Esta última proeza deixou um aroma pouco agradável dois dias depois. E fez com que eu tivesse que retirar todas as ameaças e ofensas que fiz à menina da caixa do super-mercado durante esses dois dias, por achar que ela me tinha roubado os camarões.
Mesmo assim, acho que a minha tia ganhou!
Caracois-L

quinta-feira, 20 de maio de 2010

amanhã

A várias pessoas por motivos diferentes:

Não é justo passares por isso sozinho(a)!

(mas passamos...)
Caracois-L

terça-feira, 18 de maio de 2010

porque é que eu sou assim (I)

Nova rubrica deste espaço: denegrir a imagem da minha família.
Um dia a minha avó penteou-se com Dum Dum porque se enganou e achou que tinha agarrado na lata da laca. O cheiro não foi o melhor, mas se houvesse piolhos... tinha deixado de haver.
Pelo mesmo motivo, eu também já lavei os dentes com Halibut. Só aconteceu uma vez, o que me deixa muito orgulhosa de mim.
Caracois-L

sábado, 15 de maio de 2010

Eu sei de um gajo que:

1) é branco e fala à preto,
2) mostra cicatrizes de balas e facadas como eu mostro as marcas da varicela,
3) escreve “a mnh kota” (a minha mãe), “mxm aceriu” (mesmo a sério) e “prexixarex” (precisares) nas mensagens de telemóvel,
4) trabalha “na obra”, habitualmente alcoolizado e nunca fez descontos na vida,
5) vive num bairro social com a mãe,
6) diz que perdeu a virgindade aos 10 anos e que o avô o obrigou a fazer circuncisão para que o pénis “esticasse”,
7) acredita que é imune à dor física,
8) tem como alcunha o nome de uma personagem do “Rei Leão”,
9) proclama com orgulho que nunca esteve preso, apenas foi detido uma vez porque um “bófia armou-se em gente” e teve “que lhe ir ao focinho”,
10) vai dançar nas marchas populares deste ano, vestido de cetim colorido e de arco na mão em plena Avenida da Liberdade.

Hoje posso dizê-lo sem dúvidas: eu sou uma pessoa tão normalzinha!
Caracois-L

quinta-feira, 6 de maio de 2010

coisas absolutamente estúpidas que só me acontecem a mim (V)

Concerto anunciado pela minha prima, disse-lhe que queria ir, ela comprou os bilhetes e esperámos 2 meses para que chegasse a data.
6 de Maio.
Consegui pôr folga para o dia seguinte, que ainda por cima é sexta-feira. À grande para curtir o concerto! E para o dia da folga: almoço com a tia, tarde sem fazer ponta de um corno e à noite jantarada e saída para celebrar o aniversário de uma das melhores amigas! Isto sim, é começar o fim-de-semana em grande!
ERA COMEÇAR O FIM-DE-SEMANA EM GRANDE!

Hoje à tarde mandei sms à prima: “Então como é logo?”
Ela responde: “Não é logo. É amanhã. Já te ligo.”
Congelei.
Fui à net confirmar.
É mesmo amanhã, porra!!!!
E a prima ainda diz: “Também só me apercebi que não era hoje, hoje…”

Resultado: gastei uma folga para o dia seguinte de um concerto que afinal também é no dia seguinte e estou em casa sem nada para fazer a pensar que não estou a gozar a véspera de uma folga que marquei por causa de um concerto ao qual não vou porque vou ao aniversário da minha amiga. A frase é grande, mas as pessoas em descontrolo nervoso pensam, escrevem e falam assim.

Conclusões: sou absurdamente descompensada da cabeça, provando-se ainda que este é um mal de família, mas sou uma amiga do caraças!!!
Caracois-L

terça-feira, 27 de abril de 2010

Praga by caracois-L (o resto)

Vou ter que resumir o resto da viagem num só post.
Os motivos são vários:
1) eu sofro "realmente" de amnésia. Ok, muitas vezes é uma amnésia selectiva, mas passado duas semanas do regresso, já não me lembro de tudo em detalhe (se é que alguma vez me lembrei...);
2) pessoas com trocos contados não têm grande coisa para fazer, muito menos para contar;
3) já me apetece falar de outras coisas, como velhos a fazerem-me propostas indecentes no trabalho, da minha dieta primavera-verão 2010, dos meus amigos que são todos atrasados mentais ou de pessoas estranhas que conheço em situações ainda mais estranhas.

Então, bora lá!

PRAGA BY CARACOIS-L (DIA 5)
Não se passou nada. Acho que estava calor e dormimos a sesta num jardim onde era proibido fumar. Jantámos no restaurante italiano do primeiro dia, estávamos de ressaca e cansadas.
Momento zen: depois de jantar ficámos à porta do hostel a fumar um cigarro. Apareceu um doido bêbado com ar de tarado, que não falava, mas que ficou ali parado a olhar para nós com cara de “vou-te comer”. Com um bocadinho de medo (mas só um bocadinho) decidimos entrar. O gajo era mesmo assustador. Entretanto em conversa com o segurança, ele diz que pelas câmaras de segurança viu que estava indivíduo tal e coiso a meter-se com as gajas à porta, nós confirmámos, achámos o gajo sexy (o segurança!) e sorrimos. Um pouco mais tarde lembrámo-nos de um certo concurso de peidos que tínhamos feito ali mesmo, à porta, a fazer cara de concentradas a cada peidola e com os casacos a abanar para afugentar o cheirinho. Implorámos aos Deuses para que o registo fosse só de vídeo e não de som…
E os “faxes”? A cada envio, um grito de dor era abafado! Papel assassino de rabos!

PRAGA BY CARACOIS-L (DIA 6)
Pessoas com pouco dinheiro já não jantam em restaurantes.
Pessoas com pouco dinheiro cozinham no hostel.
Pessoas como nós esquecem-se de comprar metade dos ingredientes que precisam.
Pessoas como nós e com pouco dinheiro, roubam ingredientes aos outros hóspedes quando eles não estão a ver, pedem um bocadinho de azeite e usam meia garrafa, usam os restos dos frascos de polpa de tomate de pessoas que não conhecem e ainda lhe deitam um bocadinho de água lá para dentro porque o que está agarrado às paredes do frasco também é bom, usam o queijo não sei de quem porque é mesmo esse o ingrediente que vinha agora a calhar e assim fazem o melhor prato que algum dia se confeccionou naquela cozinha.
E para quem se queixa que o roaming sai caro: experimentem mandar “faxes” na República Checa durante uma semana. Cheguei a pensar que ia precisar de cirurgia reconstrutiva quando chegasse a Portugal! Renova branquinho e fofinho com folha dupla… Oh saudades…

PRAGA BY CARACOIS-L (DIA 7)
Claudete e Sandrinha voltam de Viena. Passeámos durante o dia. Arrumámos as malas. No dia seguinte de madrugada (em férias, 7h da manhã é madrugada!) estávamos de regresso. Não mandei “faxes”: próxima cagada, só com o carinho do meu Renova a seguir!

PRAGA BY CARACOIS-L (O REGRESSO)
Acordámos cedo. Fizemos escala de 5 horas em Bruxelas. O “fax” queria sair, mas eu fiz birra e não deixei. Dormi em tudo quanto era canto. Sabia que assim que chegasse a casa, tinha que me sentar em frente ao computador a trabalhar.
E o avião aterra em Lisboa.
E a porta do avião abre para os passageiros saírem.
E entrámos no túnel de acesso ao edifício do aeroporto.
E as paredes do túnel estavam todas forradas com anúncios publicitários de papel higiénico Renova, de várias cores, com folha dupla, com folha tripla, com o raio que os parta e eu com uma vontade descomunal de dar liberdade à tripa!

E pronto. Assim acabaram as minhas primeiras férias de 2010!
Caracois-L

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Praga by caracois-L (dia 4)

A partir deste dia o grupo separou-se em dois. Eu, Deia e Bá ficamos as três em Praga. E lá fomos fazendo a nossa vidinha de turistas, mas só a partir da hora de almoço, que isso de acordar cedo quando se está de férias é uma heresia.

Planos para o fim do dia: ir conhecer o clube de jazz mais badalado de Praga. Tínhamos indicações de que era melhor reservar lugar. Passámos por lá ao fim da tarde. E à entrada estava um papelão pavoroso (uma folha A4 normal) com um preço absurdo (300 coroas = 12 euros) e sem direito a bebidas (oh gente doente, como pode????). Achámos que aquilo era completamente despropositado, tirámos uma foto para provar que estivemos à porta e voltamos ao hostel mortas de cansaço porque nos fartámos de andar nesse dia.

Sentámo-nos derreadas, com cara de besugos no sofá. Nem tínhamos forças para pensar em ir à procura de sítio para jantar. Mas Deus teve compaixão de nós. Uma das miúdas americanas lá do hostel veio meter conversa “ah e tal o que vão fazer hoje à noite? Nós vamos a uma festa, querem vir?”… E esticou-nos um folheto para as mãos. Quase chorámos de emoção. Por 390 coroas (nem chega a 16 euros), íamos a uma festa que começava num bar com bebidas gratis para as gajas durante duas horas, passava por mais 4 bares e acabava com entrada à borliu na disco dos gajos do rugby!!!! O período do bar aberto era das 20 às 22 horas, portanto, e como é lógico, despachámo-nos a correr, jantámos a correr e chegámos lá relativamente a horas.
E o ambiente era brutal. Cerca de 40 marmanjos, com vontade de apanhar uma valente bebedeira. E lá entrámos no espírito da coisa, todos em cortejo a passar por vários bares. O guia (sim, tinha guia e tudo!) avisou-nos que íamos parar no último bar antes de ir para a disco. E aquela rua pareceu-nos familiar… Olhámos bem e… o último bar era O BAR DE STRIP que a miúda do restaurante nos tinha indicado na primeira noite. Coitada… Eu disse que lhe ia partir a boca… O bar era simplesmente o máximo!!! Havia gajas descascadas, havia… mas só numa das salas e aquilo tinha (pareceu-me, porque eu já não estava em condições de fazer contas complicadas) mais 3 salas. Só não cheguei a pedir desculpa pessoalmente à miúda, porque não lhe cheguei a fazer efectivamente mal nenhum. Enfim…

E a festa foi o máximo até acabar. Tive uma amnésia terrível, mas as fotos mostram o suficiente.
Quanto aos “faxes”: comecei a entrar em negação.
Caracois-L

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Praga by caracois-L (dia 3)

Acordámos as três do costume, com as duas do costume já fora do hostel há várias horas. Levantei-me torta e zonza, a noite tinha sido pesada. E lá fui à minha rotina matinal. As “comunicações por fax” pediam para serem iniciadas. Cheguei ao “escritório” e aquele papel-lixa-cinzento-assassino-de-rabos sorriu para mim com ar de gozo… Recusei-me a entregar os pontos logo de manhã (2h da tarde, para ser mais precisa). O processo de engorda associado ao acumular de detritos sólidos no interior do meu corpo, provocou um aumento de volume abdominal progressivo ao longo do dia como nunca tinha visto em mim! Se isso me fez parar de comer e beber cerveja o dia inteiro? Pffff eu sou das duras, claro que não!

Entretanto, durante o almoço, tomámos a decisão dolorosa. O plano destas férias incluía uns dias em Viena. Mas tínhamos sido roubadas. Operação Viena abortada pelas três. A parte ainda mais dolorosa: comunicar a decisão às outras duas. E não foi bonito.

Este dia não teve muita história. Passeámos a tarde toda. Falámos as cinco. O ambiente não ficou o melhor. A Sandrinha e a Claudete decidiram ir a Viena as duas sozinhas, nós as três conseguimos arranjar quarto no mesmo hostel para o resto dos dias. Jantámos e decidimos não sair nessa noite. Ficámos na sala de estar do hostel a jogar às cartas. Apesar de tristes, lá nos entretemos a beber "algumas" cervejas e a ter conversas de índole sexual para adultos com mente muito aberta, em português, com gargalhadas em voz alta e sempre sem ninguém nos perceber. De vez em quando verificávamos a nossa segurança: “alguém aqui fala português?” Ninguém respondia, podíamos continuar. Até que entrou um grupo de gajos. O último era bem giro. Vinha de fato-de-treino. Empolgada pelo teor lúdico-absurdo-ordinário da conversa, lancei em voz alta para se ouvir bem em todo o hostel: “Já roçava a minha snaita nesse fato-de-treino!” E pelo canto do olho vi o fato-de-treino parar, virar-se para trás e fazer a cara mais escandalizada que vi em toda a minha vida. É… para além de não ter verificado a segurança com a pergunta mágica, eu disse "snaita", referindo-me à minha querida “Maria Francisca”, dirigindo-me a um homem que nunca tinha visto na vida e que por azar tinha que ser português! O buraco no chão que eu desejei que se abrisse por baixo de mim e que me engolisse não se abriu e ainda tive que levar com a cara do gajo a fazer-me sorrisos malandrecos nos dias seguintes.

Antes de dormir não aguentei mais e tive que me render à maior tortura física de que tenho memória em toda a minha vida e o meu rabo ameaçou-me de cortar relações comigo. E comecei também a desconfiar que os checos têm todos prisão de ventre ou rabos super-heróis. O uso diário daquele papel é incompatível com a vida. “Renova folha dupla, vou fazer-te um altar quando chegar a Portugal!
Caracois-L

terça-feira, 13 de abril de 2010

Praga by caracois-L (dia 2)

Ora bem! Era domingo de Páscoa. E eu acordei de ressaca. Portanto: até aqui, um Domingo de Páscoa normal.

Tal como no dia anterior, Sandrinha e Claudete levantaram-se mais cedo e foram passear. Eu, Deia e Bá ficámos na ronha. Quando nos dignámos a ir para a rua, Bá olhou para um restaurante ali perto e disse: “olha, apetecia-me mesmo uma omelete e estes aqui fazem…
Entrámos.
Acabámos por beber meio litro de cerveja cada uma, com goulash, pão, cogumelos panados, batatas cozidas, panados de frango, batatas assadas, molho não-sei-quantos… Ainda não sabíamos, mas a nossa campanha de engorda tinha começado naquele momento.

Fomos ter com as outras duas e decidimos ir visitar o cemitério judeu, onde pediam 300 coroas (cerca de 12 euros) para entrar! Opá não é que seja alguma fortuna, mas tínhamos sido roubadas no dia anterior, e eu espreitei lá para dentro e só se viam pedras empilhadas umas nas outras, e eu tinha que ter dinheiro para a cerveja (cada um tem as suas prioridades, ok?). Cria-se o impasse, umas querem ir, outras não sabem, outras dizem logo que não, os outros turistas a quererem passar e nós já de mão na cintura a discutir umas com as outras. Até que a discussão acaba quando eu abro a boca: “Opa, então eu posso ir ver as lápides da minha família à pala e não vou, e agora ia pagar pra ver as lápides dos outros todas ao monte?? Foda-se!” E nenhuma foi ao cemitério. Ainda não sabíamos, mas esta foi só o primeiro exemplar da colecção de frases "memoráveis" que se disseram nestas férias.

Fomos dar uma volta pela cidade. No dia anterior tínhamos atravessado o rio, andado de barco, subido ao castelo… O dia todo num virote. Hoje não nos queríamos cansar muito. Tínhamos uma festa reggae para ir nessa noite.
E fomos. A festa ficava num palacete qualquer, fora do centro de Praga. À chegada fui logo "mandar um fax" porque o jantar tinha sido pesado... E a festa era num Palacete, mas o papel-lixa-reciclado continuava o mesmo! O cú destes gajos deve ser revestido a titânio, para aguentarem com isto todos os dias! Que saudades do Renova!!!
Momento da noite: homem feio fala com Deia, Deia diz em português "man, tens os dentes todos podres, man!", o feio não percebeu nada, Deia sorriu, o feio sorriu de volta. Ainda não sabíamos, mas este foi o início da nossa maior diversão por terras checas: falar em português coisas abomináveis na cara dos estrangeiros, sabendo que eles não estão a perceber nada.
Balanço final: a festa foi de loucos! Apesar da amnésia, tenho fotos que o comprovam.

Festa acabada, apanhámos um taxi. A junção dos factores "estrangeiro", "álcool" e "taxi" às vezes não dá bom resultado... Limito-me a contar o diálogo no interior do veículo (exactamente como está escrito, o português em português e o semi-inglês em semi-inglês):
Bá: Babes, eu não tou a reconhecer este sítio...
L.: Foda-se eu também não...
Deia: Eu também não, mas acho que sim....
Bá e L.: Bêbeda de merda!!!
(E desatámos todas a rir como se não houvesse amanhã: podíamos estar a dar a volta à republica Checa de taxi, who cares? Bêbedas mas felizes!!!)
L.: Espera lá que eu falo com o taxista... olha lá oh cabrão, tu não me enganes tás a ouvir? tás a ir pra onde, caralho?
Bá e Deia: Acho que isto já é perto. Stop stop!!!
L.: Yeah! Stop!
Depois tentei agredir o taxista porque ele nos estava a dar 2 coroas a mais no troco. O meu cérebro tinha ficado retido na parte do "este gajo quer-nos enganar..."

Caracois-L
PS- para quem acha que nós não fomos passear e conhecer os monumentos e os etcéteras: nós fomos, mas essa parte das férias é igual às férias do resto das pessoas...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Praga by caracois-L (dia 1)

Primeiro acordar em Praga!
Duas de nós deixaram o hostel mais cedo para ir tomar o pequeno-almoço. As três mais preguiçosas (eu incluída, claro) ficaram a fazer ronha. Fui “mandar um fax” ao WC e quando volto a Bá perguntou: "quanto dinheiro tens?" Eu não tinha o que pensava, ela também não, comunicámos com as duas que saíram mais cedo e elas também não. FOMOS ROUBADAS!!!! Fomos à recepção apresentar queixa e o rapaz do balcão (muito bem-parecido, por sinal) chamou a polícia, indicando que nós só falávamos português ou inglês. Disse-nos que eles iam chegar dentro de 20 minutos. Esperámos, esperámos… E uma hora depois chegou um polícia que só falava checo, cheio de papéis para preenchermos, sem conseguir pronunciar os nossos nomes de forma perceptível, mas… com máquina fotográfica! Não voltámos a ver o nosso dinheiro, mas as fotos das nossas camas desarrumadas com roupa interior exposta e toalhas de banho atiradas por todo o lado, constam dos arquivos de uma esquadra de polícia na República Checa!

Não valia a pena dramatizar. Fomos passear o resto do dia. Comemos em tudo quanto era sítio. Bebemos cerveja como se não houvesse amanhã.

Entretanto, Claudete e Sandrinha queriam ir àquela que é supostamente uma das maiores discotecas da Europa. Karlovy Lazne, com 5 pisos, cada um com um tipo de música diferente. Antes ainda fomos a um bar beber um copo, onde havia uma pista de dança, onde passou Gipsy Kings (matem-se), onde as checas tentavam dançar, onde nos rimos da figura que elas fazem. Para aquela gente o ritmo da música não interessa nem um bocadinho, o que conta é mexer-se freneticamente com néons imaginários na testa a dizer “hoje quero foder”.
E lá fomos ao Karlovy Lazne, onde tínhamos que pagar para entrar, e onde pagámos e entrámos… E de repente estávamos em Tóquio, debaixo da terra, em 2085. O ar era pesado, mesmo no último piso, as pessoas eram estranhas. Havia máquinas de fumo com pessoas claramente sob o efeito de drogas desconhecidas a dançar uma música qualquer menos a que estava a passar e a levar com o dito fumo directamente nas fuças. Havia jogos electrónicos projectados numa tela onde pessoas ainda mais drogadas apanhavam borboletas virtuais com as mãos... Quase em pânico, subimos até ao último piso… e decidimos começar a descer… até pararmos onde?... na cave, claro! E aí voltámos a entrar na máquina do tempo: Bronx, 1998. E no meio das centro-europeias que tentavam abanar o rabo e as mamas que não têm, a um ritmo 10 vezes mais rápido que o da música de pretos de há 10 anos atrás que o DJ ia passando, fomos rainhas! E de repente vemos um rapaz grande giro, e mais outro, e mais outro, e mais outro e tantos…. A equipa de rugby do avião estava toda ali, de banho tomado, com camisolas da selecção da Bélgica (e eram mesmo, o Google confirmou com fotos). Ou o banho deles foi milagroso ou a cerveja checa é alucinogénica, mas todos eles, até os muito feios, agora eram no mínimo “engraçadinhos”! Passado uns momentos olharam para nós, comentaram qualquer coisa, riram-se para nós, aproximaram-se… a conveniente amnésia da ressaca é uma coisa lixada, mas temos fotos que comprovam que fomos todos amigos de longa data por uma noite!

Mortas de cansaço, voltámos ao hostel para dormir. Ainda fui “enviar um fax”. Um envio longo… deu para pensar em algumas coisas. Em todos os WC que já tinha ido em Praga, o papel higiénico é reciclado. Oh que povo com preocupações ecológicas. Que se lixe que dancem mal e que as gajas do Karlovy Lazne estejam agora a pensar mal de nós. Invejosas porcas, mas que usam papel higiénico reciclado. Lindas meninas!
Segundos depois o meu rabo pensou mais alto: Foda-se! As saudades que eu já tenho do Renova de folha dupla! Que se foda a ecologia! Isto não é papel, isto é uma lixa!
Caracois-L

domingo, 11 de abril de 2010

Praga by caracois-L (dia 0)

Estive de férias!
Fui para Praga!
Podia eu ter umas férias normais?
Poder podia, mas… ai espera! Os gajos do anúncio é que dizem isto.
Não, eu não podia ter umas férias normais!

Passo então a contar as minhas férias. Um (longo) post para cada dia. Atenção aos detalhes, tudo tem uma explicação no fim. Ressalvo desde já, que tanto eu como as pessoas que me acompanharam na viagem, sofremos de distúrbios de personalidade gravíssimos.

A minha história começa com a minha saída de casa. Uma mala com 20kg a ser “carregada” por este corpinho de metro e meio desde o 2º andar de um prédio sem elevador até à rua, é espectáculo digno do circo Chen.

E lá nos encontrámos as cinco no aeroporto mais ou menos à hora combinada (eu atrasei-me, claro, mas culpei a mala!), e lá voámos até Bruxelas, onde fizemos uma escala de 3 horas. Fomos almoçar lá numa coisa de hambúrgueres, todas pediram um menu normal, todas pagaram um menu normal, eu levei um menu-mega-qualquer-coisa… Explicação lógica (para nós): a gaja do balcão não se enganou, simplesmente é lésbica. Ao nosso lado almoçavam 3 rapazes de grande porte, com camisolas cinzentas iguais com “rugby” escrito nas costas. Eram feios como uma noite de temporal. Não olhámos mais para eles. Até porque eu tinha pressa. Estava na hora de “ir mandar um fax” ao WC.

Chegada a hora do embarque para Praga, fomos para perto da porta de embarque. Aí estavam, contagem por alto, cerca de 15 rapazes de grande porte com as tais camisolas cinzentas. Alguns menos feios que outros. Passámos pela segurança antes deles e ainda ficámos a olhar bem para as medidas dos glúteos e perímetros torácicos de cada um deles, apontado para o “mais entroncado”, o “menos feio”, o “mais simpático”, através do vidro que nos separava. E olhámos mais um bocado, comentámos, apontámos mais um pouco… até que nos apercebemos que eles nos olhavam com caras incrédulas… Lição de vida: os vidros transparentes permitem ver, mas também que sejamos vistos.

Finalmente chegámos a Praga. Ainda no aeroporto fomos trocar euros por coroas checas, todas a trocar mais ou menos o mesmo valor, todas a demorar mais ou menos o mesmo tempo… menos eu. O rapaz do outro lado do balcão deu-me um talão qualquer, só a mim, para EU trocar as coroas que me sobrassem sem pagar mais taxas. Explicação lógica (para nós): há pessoas normais e há pessoas com o meu decote.

Primeiras actividades em Praga: fomos ao hostel dar entrada e fomos à procura de sítio para jantar. Escolhemos um dos 1500 restaurantes italianos de Praga e sentámo-nos. Bebemos um litro de cerveja cada uma, mas também conseguimos comer. No fim perguntámos à empregada do restaurante se conhecia um sítio para beber um copo e dançar um bocado. Muito prestável, escreveu um nome de um bar e a respectiva rua num papel. Procurámos, procurámos e encontrámos… numa cave, um bar de strip feminino, cheio de gajas descascadas. Não sei se as orelhas da dita empregada caíram ou não, mas que a ofendemos a ela e à família e ainda planeámos vingança, lá isso fizemos! Procurámos outro sítio e acabamos a beber um copo num bar que ficava numa cave, enquanto assistimos ao vivo a rituais de acasalamento, até aquele momento totalmente desconhecidos para nós, entre pessoas feias, pessoas muito feias, pessoas esquisitas e outras de aparência não-humana.

Com um misto de “oh Deus que merda foi esta?” e a esperança de que houvesse algo mais na noite de Praga para além de coisas paranormais, voltámos ao hostel para dormir. Eu ainda “fui mandar mais um fax”.
Caracois-L

sábado, 27 de março de 2010

"Mas o que é isto?"

Ora... Como hei de contar isto... Hmm... portanto... Cá vai! :)

Sexta feira de folga... Plano: Jantar com o namorado e talvez um cineminha!

Fui jantar com o meu namorado a um daqueles restaurantes que funciona com buffet. Portanto e como qualquer pessoa normal, levantei-me e fui encher o meu prato com tudo a que tinha direito. Quando o empregado me estava a servir a carne, senti um pequeno puxão. Não liguei! Nisto oiço um burburinho... "mas o que é isto?"... Mais uma vez, não liguei... E senti novo puxão!
É então que uma das empregadas diz mais alto: "Mas o que é isto? Que fios são estes?", e oiço um cliente que está a entrar a responder: "É uma senhora que está a perder o vestido!".
Já com o meu prato servido, viro-me e deparo-me com uma empregada presa no meio de fios... E o puxão continuava. Pousei o prato sobre a mesa e ajudei a dita empregada a sair do meio dos fios.

Então... voltando um pouco atrás... Quando me levantei para me ir servir, uma fita do meu vestido ficou presa sei lá eu onde. Cada passo que dava deixava um rasto atrás de mim. O maldito fio do vestido foi tecendo uma teia enquanto se destruía, deixando a empregada presa no meio da tal teia!
Foi então que percebi que... a tal "senhora que está a perder o vestido" era nada mais nada menos que EU!!!
Se houvesse um buraco para me enfiar, eu teria agradecido. :$

Esta é então a prova de que não é apenas à Caracol- L que acontecem coisas surreais em restaurantes!!! :p

(Talvez nunca devêssemos ir a restaurantes! ;p)

(Caracois-S)

sexta-feira, 19 de março de 2010

foi assim um dia normalzito

Comecei o dia a chegar tarde ao trabalho. Depois de comer o donuts, de beber o néctar e de beber o café, fui fumar o cigarro. E enquanto fumo, surge do nada um senhor com aparelho auditivo. E o senhor, com sotaque de pessoa com aparelho auditivo, pergunta se aquele elevador dava para ir para a terapia da fala. E eu respondo ao senhor do aparelho auditivo que não sabia se aquele elevador dava ou não. E o senhor do aparelho auditivo diz: ai tá avariado? Tá bem. E entre o controlar de um ataque de riso que fez saltarem 5 lágrimas em cada olho, o pensamento malicioso que ele precisava de ir era à “terapia do ouvido” e a mensagem cósmica de que a ala oeste da minha mansão no inferno estava concluída, não consegui explicar ao senhor do aparelho auditivo que não era nada disso que eu tinha dito e ele foi embora…

Depois estava a fazer o meu trabalho. Velhinho simpático e engraçado, conversa animada, até que ele saca da sua mão, dá-me um valente apalpão na mamoca direita e diz que me dá 100 euros se eu lhe fizer um br**** (eu sei que não costumo ter problemas com palavrões, mas este arrepiou-me e até o facto de escrever a palavra toda dá-me voltas ao estômago). Neguei as vezes que foram precisas até acabar o que estava a fazer… ou melhor, até ele desatar aos gritos que eu era uma burra teimosa. Enfim… E não, eu não trabalho numa esquina nem numa rotunda e tenho uma farda de trabalho que me tapa desde os joelhos até ao pescoço!

E depois saio do trabalho e vejo uma senhora em camisa de noite com ar “feira de Carcavelos”, com um robe com ar “loja dos chineses”, de almofada debaixo do braço, tudo em tons de rosa-cueca, e com sapatos pretos de salto agulha.

Depois cheguei a casa, esqueci-me outra vez de ir às compras, dormi a sesta até às 21 horas e jantei vários bollycaos pela segunda noite consecutiva.

Queria concluir algo útil e construtivo com base no dia de hoje… mas não consigo.
(Caracois-L)

quarta-feira, 10 de março de 2010

mais uma 'pró' currículo

Tive um daqueles dias do cocó!
Trabalhei desde as 23h. Logo ao início do turno uma velhinha demente disse-me "vá para casa, não gosto de si". Devia ter seguido as suas palavras. Mais tarde sussurrou-me "já lhe disse o que tinha para lhe dizer". Devia mesmo ter seguido as suas palavras.
Mas não.
Continuei.
Trabalhei 16 horas. Ainda combalida pelos efeitos de uma colónia de bacteriazitas ordinárias que decidiram reproduzir-se desenfreadamente nas minhas vias respiratórias. Agora combalida com uma diarreia tipo "sai da frente que eu quero passar!", provocada pelas relações nada amistosas entre o meu intestino e antibióticos. Cada vez com mais sono, com erupções cutâneas de mau humor e com um grau de demência quase tão bonito de se ver como o da doce velhinha.
Dia de trabalho quase a terminar e alguém me pergunta, após uma conversa sobre a essência da vida e outros problemas da humanidade, dos quais ninguém se lembraria de falar comigo nunca na vida, quanto mais no fim de um dia como este:
ENTÃO E COMO VAI DE AMORES?
Sorri, fiz um olhar doce, disse que estava tudo muito bem, tenho a sensação que até suspirei no fim...

Oh Sandra Bullock, anda cá minha cabra que essa merda dessa estatueta afinal é minha!
(Caracois-L)
PS: visão positiva, hoje aprendi que afinal até sou uma mentirosa exímia. Mais uma nota a registar no meu currículo.

domingo, 7 de março de 2010

um dia, quatro posts

Quem não tem mais nada de jeito para se entreter (e luta interiormente para nao sair da cama e ir assaltar o frigorífico, consumida pelo medo de ser apanhada em delito, como se a comida que está lá dentro fosse de outra pessoa, apesar de saber que vive sozinha) inventa coisas destas.
(Caracois-L)