quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

esta é a dúvida que me consome quase todos os dias

Estávamos na sala de exames, eu, uma colega minha, um colega meu e um senhor dos seus 80 anos, que nos contava alegremente a sua história de vida enquanto a minha colega ia trabalhando. Duas licenciaturas, uma em direito, outra em filosofia. Casado 5 vezes, mas com cento e muitas outras “ligações”. “Mas porquê tanta mulher?”, pergunta a minha colega. “Porque muito tempo com a mesma pessoa aborrece-me e cansa-me.”, responde o senhor. Todos se riem. Ele acrescenta “Já tenho 80 anos, posso dizer o que me apetece.” Todos riem menos ele, que olha para mim e pisca-me o olho. À saída toca-me ao de leve no ombro e diz-me ao ouvido: “Sei que você pensa como eu.”

E pronto.

Achava eu que este tinha sido o momento awkward do dia.

E teria sido, não fosse a mensagem que recebi há pouco no telemóvel, vinda de um anão com quem dancei forró bêbeda no sábado. Já não bastou ter estado perdida de bêbeda numa festa de música popular brasileira? Já não bastou ter estado no mesmo espaço nocturno que um anão? Já não bastou esse anão ser um dos melhores amigos do amigo com quem saí nessa noite? Já não bastou eu ter um medo que me pelo toda de anões e ainda assim ter dançado com ele? Não? Para agora o meu amigo ainda lhe dar o meu número de telemóvel e ele ainda ter a moral de me mandar uma mensagem?

Mundo, que mal é que eu te fiz para me tratares assim?

Caracóis-L

2 comentários:

Ana FVP disse...

Lembras-te quando estávamos a sair e um anão bem lá ao fundo, de todas as pessoas à nossa volta, escolheu-te para saber as horas. Hahahahahaha

As pérolas de história que eu tenho contigo!

caracóis disse...

Devo ter alguma espécie de hormona rara que os atrai. Não encontro outra explicação.