Atordoada, a princesa abriu devagar os olhos. Não sabia onde estava, não sabia que dia era, nem mesmo se era dia ou noite. Aos poucos foi-se apercebendo. Um sono de quatro dias tinha passado por ela sem deixar marcas.
O Castelo estava vazio. Até as andorinhas tinham desistido de cantar. Só a pouca luz que teimava em passar entre as portadas das janelas parecia mostrar-lhe que havia um mundo lá fora.
Abriu as janelas e sentiu o sol queimar-lhe o rosto. Fechou os olhos e sorriu. Sabia que os seus demónios estavam adormecidos. O dia foi passando e ela sentia-se leve. Leve como já não se sentia há muito tempo. Mas há medida que a noite ia caindo os seus olhos foram mudando de expressão. Uma sede estranha começou a invadir-lhe a mente. Uma sede estranha que acabou por dominá-la por completo. Saiu do Castelo quase cega e sem destino. Hoje o demónio era ela.
Saciada, voltou ao Castelo horas depois. Despiu-se e deitou-se para dormir. Por momentos sentiu um arrepio. Puxou as mantas para cima e enroscou-se. Sacudiu a estranha sensação de não estar sozinha e deixou-se levar pelo sono.
Dormiu profundamente. O silêncio da noite só foi quebrado por um pranto mudo que nunca a despertou. Ao seu lado a Consciência chorava. Sabia que era invisível outra vez.
O Castelo estava vazio. Até as andorinhas tinham desistido de cantar. Só a pouca luz que teimava em passar entre as portadas das janelas parecia mostrar-lhe que havia um mundo lá fora.
Abriu as janelas e sentiu o sol queimar-lhe o rosto. Fechou os olhos e sorriu. Sabia que os seus demónios estavam adormecidos. O dia foi passando e ela sentia-se leve. Leve como já não se sentia há muito tempo. Mas há medida que a noite ia caindo os seus olhos foram mudando de expressão. Uma sede estranha começou a invadir-lhe a mente. Uma sede estranha que acabou por dominá-la por completo. Saiu do Castelo quase cega e sem destino. Hoje o demónio era ela.
Saciada, voltou ao Castelo horas depois. Despiu-se e deitou-se para dormir. Por momentos sentiu um arrepio. Puxou as mantas para cima e enroscou-se. Sacudiu a estranha sensação de não estar sozinha e deixou-se levar pelo sono.
Dormiu profundamente. O silêncio da noite só foi quebrado por um pranto mudo que nunca a despertou. Ao seu lado a Consciência chorava. Sabia que era invisível outra vez.
(Caracois-L)
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