terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

se o diagnóstico de doenças se fizesse com a mesma facilidade com que eu diagnostico homossexualidades...

Conversa a propósito da cerimónia dos óscares:

Eu- Eu não vi os filmes nomeados, por isso é mais um ano em que só me interessa ver os vestidos na passadeira vermelha e chamar-lhes porcas por serem giras.

Ele- Também eeeeeuuuuuuuu.....
(frase acompanhada por um guincho agudo, dois pulinhos na ponta dos pés, o bater de três palmas e um revirar de olhos - é um verdadeiro artista, este gajo!)

Caracóis-L
PS: a confirmação veio minutos depois com o encadear das seguintes frases no meio de uma conversa em que me perdi: "o meu sonho é ser cantor", "gosto imenso de ir a spás" e "almocei uma sanduiche de queijo fresco, mel e especiarias".

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

e instala-se o caos...

... quando o teu melhor amigo te telefona só para falar, diz-te a meio da conversa que não estás a soar como de costume e pergunta se está tudo bem, tu respondes com um "sim" que até a ti te parece falso e ficas de repente a pensar que realmente algo não está bem, apesar de apenas há 5 minutos estar tudo calmo enquanto ouvias música que te fazia sorrir....

Já dizia o outro: "e há quem entenda as mulheres?"

Caracóis-L

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

e o mundo seria um sítio melhor...

Metade dos meus problemas estariam resolvidos se o aborto tivesse sido legalizado em meados da década de 60.

(para dar uma margem boa e ninguém se sentir atingido)

Caracóis-L

domingo, 12 de fevereiro de 2012

porque este também podia ser um blog culinário

(com uma introdução digna dos verdadeiros blogs culinários)


Ia agora preparar o jantar e lembrei-me que ainda tinha uma dose da sopa que fiz a meio da semana no frigorífico. Fruto de um momento de inspiração forçado, mas com um resultado surpreendente, achei por bem partilhar a receita. Espero que gostem.


Sopa de Lodo:

- preparar uma sopa de feijão convencional;
- abrir, por engano, uma lata de feijão preto;
- usá-la na mesma.


Et voilá!

Caracóis-L

sábado, 11 de fevereiro de 2012

o amola-tesouras



Talvez não seja assim chamado em Lisboa, mas na Moita é. Hoje de manhã passou um aqui na rua, mesmo por baixo da minha janela. Não sei se é costume passar ou não, dado que aos sábados eu só costumo acordar a meio da tarde e pouco reactiva a estímulos externos. Mas o que é certo é que hoje passou um e eu dei um salto da cama com um sorriso na cara. Fez-me lembrar as manhãs de sábado na Moita. Nostalgia, esse sentimento sintomático de se estar a ficar velho. Ou então, excesso de ranho a invadir-me o cérebro, para ficar entusiasmada com um gajo a tocar gaita na rua. Um sinal de que a pobreza está a voltar ao país, diz a minha mãe. Seja como fôr, tanto eu como a minha mãe já conseguimos estragar a beleza deste quadro. Ah... e ela também diz que é sinal de chuva, mas nessa parte acho que está errada.

Caracóis-L

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

um fim de semana diferente

Lembrei-me de duas das pessoas que passaram ontem por mim na rua quando vinha a caminho de casa. Aquela mulher tão feia quando vista de longe, mas que quando se aproximou, deu para ver que afinal que era um homem. E aquele homem com um andar diferente que quando se aproximou, deu a perceber que afinal era uma mulher feia. E agora, de repente, apercebi-me que depois de um dia inteiro enfiada na cama com febre, tosse e ranho, estou com pior aspecto que eles os dois. Mas mesmo assim, calcei as botas e vesti o casaco para ir num saltinho ali à tasca à porta do prédio para comprar tabaco, depois de um episódio épico a revirar todas as malas, carteiras, bolsos de calças e casacos e a casa inteira à procura de moedas. Já poético foi o olhar de desdém que os bêbados da tasca me fizeram, só porque eu estava de botas, casaco e pijama por baixo, toda despenteada e com o nariz todo assado e a pagar o tabaco com mais moedas que o arrumar de carros ali do estacionamento do hospital faz numa semana de trabalho, como quem diz “a juventude estraga-se na droga”, enquanto enfiavam mais um copo de bagaço para o bucho. “É só uma sexta-feira à noite diferente”, pensei eu enquanto saía da tasca de olhos pregados no chão, subi as escadas para casa, sentei-me na cozinha a fumar o tão desejado cigarro e quase morri com os pulmões a saírem pela boca com o ataque de tosse que se seguiu.
Caracóis-L

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

esta é a dúvida que me consome quase todos os dias

Estávamos na sala de exames, eu, uma colega minha, um colega meu e um senhor dos seus 80 anos, que nos contava alegremente a sua história de vida enquanto a minha colega ia trabalhando. Duas licenciaturas, uma em direito, outra em filosofia. Casado 5 vezes, mas com cento e muitas outras “ligações”. “Mas porquê tanta mulher?”, pergunta a minha colega. “Porque muito tempo com a mesma pessoa aborrece-me e cansa-me.”, responde o senhor. Todos se riem. Ele acrescenta “Já tenho 80 anos, posso dizer o que me apetece.” Todos riem menos ele, que olha para mim e pisca-me o olho. À saída toca-me ao de leve no ombro e diz-me ao ouvido: “Sei que você pensa como eu.”

E pronto.

Achava eu que este tinha sido o momento awkward do dia.

E teria sido, não fosse a mensagem que recebi há pouco no telemóvel, vinda de um anão com quem dancei forró bêbeda no sábado. Já não bastou ter estado perdida de bêbeda numa festa de música popular brasileira? Já não bastou ter estado no mesmo espaço nocturno que um anão? Já não bastou esse anão ser um dos melhores amigos do amigo com quem saí nessa noite? Já não bastou eu ter um medo que me pelo toda de anões e ainda assim ter dançado com ele? Não? Para agora o meu amigo ainda lhe dar o meu número de telemóvel e ele ainda ter a moral de me mandar uma mensagem?

Mundo, que mal é que eu te fiz para me tratares assim?

Caracóis-L

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

existem overdoses de comida?

... se existirem, estou a ter uma agora.

Amanhã.
Amanhã, entro de dieta.
Outra vez.
Mas agora a sério.
Juro.

Caracóis-L