sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ontem ao chegar a casa

Bilu-bilu-bilu-bilu!!!
Quem é o bebé da mamã??
Quem é??
Tinha saudades da mamã, não tinha?
Tadinho do bebé?
A mamã também tinha saudadinhas do bebé!
Bebé fofo da mãe!



Juro que ele ontem tinha uma cauda e que ela abanava freneticamente desde o momento em que ouviu a minha voz.
Obviamente, dormimos juntos na minha cama.



(existia vida antes do telemóvel?)
Caracóis-L

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

o perigo eminente numa explicação por pontos

1) Ontem quase arranquei a cabeça do dedo indicador direito com uma lata de ananás.
2) Andar com um penso em forma de batata na ponta do dedo e ouvir a piadinha "andaste a enfiar o dedo onde? Eheheh" (ler isto em falsete e com tom irritante) cerca de 853 vezes durante o dia aborreceu-me.
3) Não sei respirar sem telemóvel.
4) Vou trabalhar 20 horas seguidas (crazy bitch!!) e esqueci-me do telemóvel em casa.
5) Estar sem respirar e sem telemóvel durante 20 horas e ainda ter que trabalhar aborrece-me.
6) Aborrecimento ao quadrado é fodido.
7) Estou com o período.
8) Não preciso dizer mais nada.

Caracóis-L

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

se contares eu também conto....

Numa segunda feira de um mês qualquer: ele de bata branca, entra no elevador para começar o turno no serviço. Ela, também de bata branca, já está dentro do elevador pelo mesmo motivo. Por segundos cruzam o olhar, mas de imediato ambos fixam-no no chão do elevador. Ela ainda mexe um dos pés, como se estivesse a apagar um cigarro imaginário. Ele pega no telemóvel e carrega aleatoriamente nas teclas. Ela, como sempre, sai dois pisos antes de ele sair. Antes que a porta do elevador se feche, ela ainda olha para trás. Dentro do elevador, ele, já sem o telemóvel na mão e sem nunca mudar a expressão facial, olha-a nos olhos até a porta se fechar.

Noutro dia útil qualquer: a situação repete-se, desta vez apenas durante 4 segundos, enquanto se cruzavam no corredor da entrada do hospital.

Sábado passado: pela 47ª vez este ano, os dois, sem batas brancas, dançam (muito) alcoolizados num bar perdido no Cais do Sodré, sabendo da presença um do outro, sem se olharem uma única vez de frente e sem fingirem que apagam cigarros imaginários dentro de um elevador ou que escrevem mensagens fictícias no telemóvel.

Há 15 minutos: os dois, de bata branca, cruzam-se de novo no hospital. Os olhares cruzam-se por segundos e ele olha rapidamente para o chão. Ela também, até entrar no gabinete, fechar a porta atrás de si e esboçar um breve sorriso cúmplice consigo própria.


Já em cena:
“Sei que sabes o que eu fiz no sábado passado”
A decorrer num qualquer hospital perto de si.

Caracóis-L

terça-feira, 15 de novembro de 2011

falemos hoje de um novo mito urbano

A história épica da mulher que acordou constipada e com séries de 10 espirros a cada 3 minutos, que começou o dia com um cigarro, depois um folhado misto e um café, depois outro café e um ben-u-ron, depois uma pratada de massa com carne e bastante molho de gordura com bocadinhos de tomate, depois duas fatias de bolo de cenoura com chocolate que estavam no frigorífico desde a semana passada, mais um ben-u-ron e depois mais outro café, e que só então se lembrou, e não por ter boa memória mas sim porque a natureza deu sinal, que estava de diarreia no dia anterior e no outro anterior a esse também, por ter sido uma menina mal comportada no sábado à noite.

O herói da nova era?
Aquele que aguenta a caganeira enquanto espirra 10 vezes seguidas.
Hoje sinto-me grande.

Caracóis-L

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

quase que já há uma sondagem a nível nacional por causa desta conversa:

Conversa hoje ao pequeno-almoço, quando um homem com trejeitos femininos se dirigia para o balcão do café:

Amiga boazinha: Já viste se um dia descobrisses que o homem que amavas há anos afinal era gay?
L.: Impossível acontecer comigo.
Amiga boazinha: Oh… porquê?
L.: Porque eu só gosto de homens brutos e maus, e não existe nenhum gay bruto e mau.
Amiga boazinha: Sim, já sei… giro, com barba, moreno, bruto e mau. Tu és doida. Eu gosto é de um homem que tenha uma boa conversa intelectual.
L.: Oh, mas eu também. Desde que seja giro. Adoro quando fico a pensar “para além de giro é culto e inteligente”.
Amiga boazinha: Ah pois… e se fosse feio? Pensavas o quê?
L.: “Foda-se, para além de feio é cromo!”. Qual é a tua dúvida?


Verdade ou não?
Caracóis-L