terça-feira, 30 de agosto de 2011

uma demonstração da bimby como nunca antes vista (ou uma plateia como nunca antes vista para uma demonstração da bimby) - grand finale

A terceira tipa-gira-mas-muita-porca chega com o tabaco e com a cerveja para as outras duas igualmente giras e porcas. Olham umas para as outras, fazem um breve concurso para ver quem é a mais badalhoca e prontamente abrem uma cerveja para cada uma.

A senhora-bimby chega entretanto. Conversa breve, ingredientes colocados, tipo linha de montagem, no balcão da cozinha. Ela diz: “vamo-nos sentar um pouco para responderem a um pequeno questionário…”. Não há sofá nesta casa e a mesa da sala está ocupada com 4 máquinas de roupa lavada (pelo menos estava lavada, menos mal…). Sentou-se no chão com as três.

Chega o amigo gay com mais cerveja. Aos gritos, sem saber que tinham mais alguém em casa, a distribuir carinhos como “minhas putas” ou “bimbas do caralho”. Ainda lhe tentaram dizer que tinham visitas, mas como bom gay que é, não ouve, só grita, e lá continuou no seu espectáculo até ver a cara de choque da senhora.

E a partir daí foi sempre a descer.

A demonstração foi feita para quatro animais, que se levantaram uma ou duas vezes para participar e outras dez ou quinze para ir buscar mais uma cerveja ou sair para fumar um cigarro. A senhora, num esforço de manter a plateia atenta nas coisas maravilhosas e heróicas que a bimby consegue fazer, tentava criar empatia com o grupo. Parece que desistiu quando um deles se deitou no chão da cozinha e começaram todos a falar sobre peidos, rindo descontroladamente, provavelmente com mais peidos à mistura. No fim, quando ela começou a falar na compra e em valores, apenas disseram que iam pensar no assunto (yeah right!). Puseram a lasanha que ela montou no forno e ela despediu-se com um “depois ligo para saber se gostaram do jantar”.

Ninguém gostou da lasanha.

Uma hora depois a senhora-bimby ligou para uma das amigas porcas.

Esta não atendeu.

A outra desligou o telemóvel antes que ela ligasse para ela também.

Caracóis-L

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

uma pequena interrupção na história da bimby

Hoje cheguei a casa e tinha formigas na casa de banho.

Torna-se evidente, tanto para mim como para o resto do mundo, que eu sou um ser tão perfeito, mas tão perfeito, que até a minha merda deve ser doce.

(E o prémio megalomania 2011 vai para...)
Caracóis-L

uma demonstração da bimby como nunca antes vista (ou uma plateia como nunca antes vista para uma demonstração da bimby) – parte I

Duas jovens adultas, formadas, bonitas, sensuais e exóticas (porque ser da Moita ou de Odivelas é quase o mesmo que ter nascido noutro planeta) partilham casa. Certo dia, em frente à televisão, têm o seguinte diálogo:

Amiga odivelense: Perguntaram-me se queria ter uma demonstração da bimby aqui em casa…

Amiga moiteira: Por mim ‘tá-se bem…

Amiga odivelense: Mas eu não quero comprar uma bimby…

Amiga moiteira: E não precisas comprar… A tipa vem aqui, faz-nos o jantar e depois dizemos que não estamos interessadas…

Amiga odivelense: Ok.


E assim se marcou a demonstração para uma tarde de Domingo. Um risco, é certo… mas por obra dos Deuses, nesse Domingo, nenhuma delas estava de ressaca. Depois de limparem a casa, sentaram-se na sala e reparam nas horas… a senhora bimby estava quase a chegar, ambas estavam sujas e despenteadas e ambas estavam sem tabaco. Olharam uma para a outra e sentiram algo místico: estavam as duas, em simultâneo, a ser invadidas por um ataque súbito de preguiça incapacitante. Tiveram então que traçar um plano de emergência.

Plano:
1) Banho… naaaa. Quando ela chegar é só comentar que estivemos em limpezas (o mau aspecto fica devidamente justificado) e nunca nos podemos coçar (não vá ela associar o mau aspecto com bichos e ir embora sem acabar o nosso jantar).
2) Tabaco… sem banho não vou a lado nenhum. Telefonámos ao nosso amigo gay para nos trazer um maço, ele disse que só podia mais tarde, mas que vinha e trazia cervejas. Telefonámos a uma amiga (que por acaso tinha trazido uns volumes dos Açores) que disse que tinha estado a limpar a casa e que ainda não tinha tomado banho, nós dissemos que nós também não, ela disse que então ia mesmo assim toda suja e que também levava cerveja. Ligámos ao primeiro amigo e dissemos para trazer só a cerveja.

E assim se formou a plateia: 3 tipas giras mas muita porcas, 1 gay, 20 maços de tabaco e 4 litros de cerveja.

(...)
Caracóis-L

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

virilha killer

Quem é que faz uma queimadura na virilha na depilação sem dar por isso?
E que só repara na sua existência ao chegar à praia?
E que mesmo assim não identifica o problema de imediato, pensa que é um bocado de plástico colado à sua própria virilha (????), tenta arrancá-lo e acaba por arrancar a queimadura já em ferida e parte da pele que a rodeia?
E que mesmo assim vai para a água salgada dar mergulhos?
E que no dia seguinte, e no outro também, usa calças justas a roçar na virilha em ferida?
E que 3 dias depois está de serviço, e apesar de trabalhar num hospital, local onde estão umas boas dezenas de enfermeiros, decide fazer um penso na virilha moribunda sozinha?
E que, talvez por não ser enfermeira e não ter qualquer tipo de prática a fazer pensos, usa a quantidade de adesivo necessária para abastecer um hospital de campanha no Kosovo na sua virilha pequenina?
E que, ao chegar a casa, arranca os 50 km2 de adesivo que tinha na perna e com eles traz outros 50km2 de pele agarrada fazendo uma ferida entre a já mencionada queimadura e aquela zona onde a virilha muda de nome?
E que ao contar isto a um amigo, ele faz a questão “isso impede-te de… pronto…?”, ela responde com um ar inocente “não sei… não experimentei…” e depois finge-se admirada com o sorriso malandro que teve como resposta?

Não sei. Não conheço ninguém assim.

Caracóis-L

terça-feira, 9 de agosto de 2011

dois meses!!!!

Continuo empenhada com os preparativos para o casamento da amiga, ou seja, continuo a fingir que treino um andar confiante em cima de saltos altos e já comecei a “panicar” porque os dias estão a passar e ainda não há vestido, nem sapatos, nem mala, nem a mínima ideia do que fazer ao cabelo.
Entretanto, num esforço heróico de manter uma pequena réstia de tranquilidade acerca do assunto (e nem comentei ainda o facto de haver a possibilidade da noiva fazer uma mesa de solteiros/separados/divorciados a.k.a. ‘mesa dos encalhados’ no copo de água…), tenho ocupado algum do meu tempo livre com duas actividades de elevado mérito social: conversas de café e leitura de revistas cor-de-rosa.


E fiquei apreensiva.
Duas mulheres que conheço, solteiras de vocação até há muito pouco tempo, afirmam convictas que construíram uma relação de total entrega ao fim de dois meses de namoro.
A Sara Barradas está apaixonada por um homem mais velho e, seguramente, bem mais feio que o pai e anunciou o casamento entre ambos ao fim de cerca de… dois meses de namoro.
A Isabel Figueira tem uma relação sólida e cúmplice com um ricaço qualquer, porque já namora com ele, imagine-se, há coisa de dois meses.
A Rita Guerra e o António Pedro Cerdeira… até me custa acreditar nestes dois… tatuagens e tal… deve ter sido para comemorar os dois meses de namoro.


E entretanto estive a ver um episódio da Gossip Girl. Onde elas são todas giras, com roupa gira e com uma giríssima e duvidosa índole, onde eles são giros, ricos e igualmente pouco confiáveis e onde eles e elas mantêm relações pouco sólidas e ainda menos cúmplices e não há cá dois meses para ninguém.


Concluindo, a realidade faz-me impressão.


Caracóis-L