sábado, 27 de março de 2010

"Mas o que é isto?"

Ora... Como hei de contar isto... Hmm... portanto... Cá vai! :)

Sexta feira de folga... Plano: Jantar com o namorado e talvez um cineminha!

Fui jantar com o meu namorado a um daqueles restaurantes que funciona com buffet. Portanto e como qualquer pessoa normal, levantei-me e fui encher o meu prato com tudo a que tinha direito. Quando o empregado me estava a servir a carne, senti um pequeno puxão. Não liguei! Nisto oiço um burburinho... "mas o que é isto?"... Mais uma vez, não liguei... E senti novo puxão!
É então que uma das empregadas diz mais alto: "Mas o que é isto? Que fios são estes?", e oiço um cliente que está a entrar a responder: "É uma senhora que está a perder o vestido!".
Já com o meu prato servido, viro-me e deparo-me com uma empregada presa no meio de fios... E o puxão continuava. Pousei o prato sobre a mesa e ajudei a dita empregada a sair do meio dos fios.

Então... voltando um pouco atrás... Quando me levantei para me ir servir, uma fita do meu vestido ficou presa sei lá eu onde. Cada passo que dava deixava um rasto atrás de mim. O maldito fio do vestido foi tecendo uma teia enquanto se destruía, deixando a empregada presa no meio da tal teia!
Foi então que percebi que... a tal "senhora que está a perder o vestido" era nada mais nada menos que EU!!!
Se houvesse um buraco para me enfiar, eu teria agradecido. :$

Esta é então a prova de que não é apenas à Caracol- L que acontecem coisas surreais em restaurantes!!! :p

(Talvez nunca devêssemos ir a restaurantes! ;p)

(Caracois-S)

sexta-feira, 19 de março de 2010

foi assim um dia normalzito

Comecei o dia a chegar tarde ao trabalho. Depois de comer o donuts, de beber o néctar e de beber o café, fui fumar o cigarro. E enquanto fumo, surge do nada um senhor com aparelho auditivo. E o senhor, com sotaque de pessoa com aparelho auditivo, pergunta se aquele elevador dava para ir para a terapia da fala. E eu respondo ao senhor do aparelho auditivo que não sabia se aquele elevador dava ou não. E o senhor do aparelho auditivo diz: ai tá avariado? Tá bem. E entre o controlar de um ataque de riso que fez saltarem 5 lágrimas em cada olho, o pensamento malicioso que ele precisava de ir era à “terapia do ouvido” e a mensagem cósmica de que a ala oeste da minha mansão no inferno estava concluída, não consegui explicar ao senhor do aparelho auditivo que não era nada disso que eu tinha dito e ele foi embora…

Depois estava a fazer o meu trabalho. Velhinho simpático e engraçado, conversa animada, até que ele saca da sua mão, dá-me um valente apalpão na mamoca direita e diz que me dá 100 euros se eu lhe fizer um br**** (eu sei que não costumo ter problemas com palavrões, mas este arrepiou-me e até o facto de escrever a palavra toda dá-me voltas ao estômago). Neguei as vezes que foram precisas até acabar o que estava a fazer… ou melhor, até ele desatar aos gritos que eu era uma burra teimosa. Enfim… E não, eu não trabalho numa esquina nem numa rotunda e tenho uma farda de trabalho que me tapa desde os joelhos até ao pescoço!

E depois saio do trabalho e vejo uma senhora em camisa de noite com ar “feira de Carcavelos”, com um robe com ar “loja dos chineses”, de almofada debaixo do braço, tudo em tons de rosa-cueca, e com sapatos pretos de salto agulha.

Depois cheguei a casa, esqueci-me outra vez de ir às compras, dormi a sesta até às 21 horas e jantei vários bollycaos pela segunda noite consecutiva.

Queria concluir algo útil e construtivo com base no dia de hoje… mas não consigo.
(Caracois-L)

quarta-feira, 10 de março de 2010

mais uma 'pró' currículo

Tive um daqueles dias do cocó!
Trabalhei desde as 23h. Logo ao início do turno uma velhinha demente disse-me "vá para casa, não gosto de si". Devia ter seguido as suas palavras. Mais tarde sussurrou-me "já lhe disse o que tinha para lhe dizer". Devia mesmo ter seguido as suas palavras.
Mas não.
Continuei.
Trabalhei 16 horas. Ainda combalida pelos efeitos de uma colónia de bacteriazitas ordinárias que decidiram reproduzir-se desenfreadamente nas minhas vias respiratórias. Agora combalida com uma diarreia tipo "sai da frente que eu quero passar!", provocada pelas relações nada amistosas entre o meu intestino e antibióticos. Cada vez com mais sono, com erupções cutâneas de mau humor e com um grau de demência quase tão bonito de se ver como o da doce velhinha.
Dia de trabalho quase a terminar e alguém me pergunta, após uma conversa sobre a essência da vida e outros problemas da humanidade, dos quais ninguém se lembraria de falar comigo nunca na vida, quanto mais no fim de um dia como este:
ENTÃO E COMO VAI DE AMORES?
Sorri, fiz um olhar doce, disse que estava tudo muito bem, tenho a sensação que até suspirei no fim...

Oh Sandra Bullock, anda cá minha cabra que essa merda dessa estatueta afinal é minha!
(Caracois-L)
PS: visão positiva, hoje aprendi que afinal até sou uma mentirosa exímia. Mais uma nota a registar no meu currículo.

domingo, 7 de março de 2010

um dia, quatro posts

Quem não tem mais nada de jeito para se entreter (e luta interiormente para nao sair da cama e ir assaltar o frigorífico, consumida pelo medo de ser apanhada em delito, como se a comida que está lá dentro fosse de outra pessoa, apesar de saber que vive sozinha) inventa coisas destas.
(Caracois-L)

um dia, três posts

Confesso que não tenho nada para dizer.
Mas quando escrevi o post anterior, lembrei-me que vir um logo a seguir com este título era bonito. E é quase meia-noite... Por isso cá vai.
Estou ranhosa, um pouco febril, rabugenta e comi demais. Já tomei tudo o que tenho cá em casa para as constipações, ou seja, fui buscar 2 pacotes de lenços de papel.
Amanhã vou ter que ir trabalhar assim e vou trabalhar mais do que devia e certamente muito mais do que me apetecia.
E é o que temos.
(Caracois-L)

um dia, dois posts

É sabido que uso a cozinha como anti-depressivo.
Rolo de carne recheado com cebolinhas e alheira, acompanhado com salada de rúcula, alface roxa e laranja, com tortas de azeitão (estas foram compradas, obviamente...) para sobremesa.
E mais não digo.
(Caracois-L)

para reflectir...

Este fim-de-semana, em conversa amena com amigos, ouvi a seguinte frase a respeito de uma mulher que não conheço:

Ela até é gira… mas a nível espiritual… epa… não tem bagagem nenhuma.

Obviamente pedi que se explicasse...

Assim como já usaram calças à boca-de-sino, bigodes farfalhudos ou roupa interior em forma de saco de batatas e com padrão de cortinados, eu tenho fé que esta é só uma fase negativa e passageira na existência do sexo masculino e que um dia os homens voltarão a falar em linguagem perceptível para as mulheres.

O mítico “a gaja é boa, mas burra como a merda” é bronco.
É, sim senhor.
Mas não deixa dúvidas.
(Caracois-L)

segunda-feira, 1 de março de 2010

assim se vive ao ritmo da L.

Sexta-feira a fechar mais uma semana daquelas. Dormi a sesta à pressa para ir ao jantar de despedida da amiga que vai mais uma vez para Angola. Sem tristezas, nem conversas do "vou ter saudades tuas". Porque não é preciso tê-las (as conversas), mesmo porque sabemos que vamos tê-las (as saudades). Consegui, mais uma vez, fazer voar coisas durante o jantar: desta vez um copo de cerveja, que sujou toalha, chão e parede... Rimos todos juntos até "às tantas". Ainda herdei uma planta para não deixar morrer (está prometido!) e uma mini-ressaca para a manhã seguinte.

Sábado, acordei ao meio dia, com o despertador para a uma da tarde, com uma tatuagem marcada há 1 mês para as duas da tarde. Porque acordei mais cedo? Porque uma amiga telefonou para saber se eu estava nervosa. Se estava? Claro que sim! Mas só me ia lembrar disso quando acordasse e assim sofri de ansiedade (vulgo "cagunfa") mais uma hora do que o planeado. Ia fazer a tauagem com duas amigas, uma "acagaçou-se" à última da hora, a outra despachou-se mais cedo que eu, eu fiquei a sofrer durante uma hora, sozinha, nas mãos de um homem desconhecido com luvas e instrumentos de tortura tenebrosos. Saí de lá toda dorida, com um temporal tropical mas sem calor na rua, a ligar à mãe para contar que "a obra de arte para sempre nas minhas costas" estava feita, enquanto tentava controlar o chapéu-de-chuva e a minha vontade de descer a rua para ir comprar os Tiger que estavam na montra de uma loja já ali ao lado. Cheguei a casa, esperei as duas horas para tirar o penso, tirei o penso, tirei fotos à tatuagem e dormi a sesta à pressa para ir jantar ao Tágide. Restaurante caríssimo e finíssimo, incluido no restaurant-week, onde podíamos ter jantado por 20€, onde nos entusiasmamos com o vinho e onde acabamos a pagar 50€ cada um... Pelo menos, não encarnei a minha personalidade de artista de circo e nem loiça nem comida ganharam asas à minha conta. Saímos do restaurante já era Domingo...

Domingo (já passava da meia noite, portanto...), festa do teatro da comuna, dança, gin tónico. Acabou cedo... Jamaica, dança, cerveja. Tinhamos fome. Hamburguers. Palhaçada na rua. Cama depois das 7h... Voltei ao mundo às 19h. Jantei. Tinha dores nas pernas. Voltei para a cama.

Segunda-feira. 2h40. Já começou a semana. Outra vez. Não tenho sono. Outra vez. Amanhã vou estar o dia todo com cara de ananás. Outra vez. Se foi desta que aprendi que os fins-de-semana também podem ser usados para descansar? Não! Mais uma vez.

Caracois-L
PS: amo tanto a minha vida!